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Financeiros nervosos podem atropelar viés de alta da soja nesta segunda (13)

13 jun 2022, 8:21 - atualizado em 13 jun 2022, 8:24
Soja no porto de Santos
Demanda chinesa pesa no balanço da soja em momento de lockdown no país (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A soja é o derivativo que deve ficar mais à mercê do nervosismo dos mercados financeiros nesta segunda (13). Os fundos podem aproveitar para marcar mais um dia de realização de lucros, como na sexta.

Às 8h20 (Brasília), os contratos de julho e agosto cedem mais de 1%, respectivamente US$ 17,27 e US$ 16,44.

Depois do tombo das bolsas asiáticas em 3%, do outro lado do mundo os índices futuros de ações nos Estados Unidos caem forte, enquanto o dólar index (DXY) avança, contra o petróleo também em baixa.

O mundo está pressionado pelo fantasma da recessão.

A recaída da covid na China, fazendo Pequim prender milhões de pessoas em suas casas, e a dúvida se alta de juros esperada nos EUA vai seguir os 50 ou 75 pontos base – depois da disparada da inflação com taxa até inesperada -, acendeu os temores para fuga dos ativos de risco.

A soja tem fundamentos de voltar à valorização, que atingiu máximas na semana anterior, devido aos estoques americanos mais justos e a demanda chinesa tendo que se voltar para o Brasil.

Mas o cenário financeiro, mais a economia da China enfrentando a nova onda do contágio, tira momentaneamente esse viés de cena.