Finanças: Gastar demais é principal causa de briga entre casais
Compartilhar a vida em casal não significa apenas dividir alegrias. De acordo com a pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Banco Central, 38% dos participantes já discutiram com o parceiro(a) por conta de gastos excessivos, sendo este o maior motivo de briga financeira entre os casais.
Para 27% dos entrevistados, o hábito que causa mais crítica ao cônjuge é a dificuldade de poupar dinheiro. Já o atraso no pagamento de contas não fica em desvantagem, sendo citado por 25% dos participantes da pesquisa como motivo de briga no casal.
Não conseguir poupar é outro hábito criticado com frequência pelo cônjuge, sendo apontado por 27% dos entrevistados como a razão de brigas relativas a dinheiro. O atraso no pagamento de contas foi mencionado por 25% dos entrevistados.
A pesquisa ainda revela que em 89% dos casos os parceiros contam um ao outro o quanto ganham, e em 95% deles há o hábito de contar também como esse dinheiro é gasto. Entretanto, o número cai para 66% quando considerados os entrevistados que contam todas as compras que fazem. 29% dos parceiros ou parceiras não detalham todas as compras, dando como principal razão a tentativa de evitar brigas.
“O que ocorre é que há pouca educação financeira e cada um se relaciona com finanças de um jeito diferente, o que leva a atritos”, explica Annalisa Dal Zotto, planejadora financeira e sócia da Par Mais. “Não contar sobre compras, deixar as sacolas no carro, omitir dívidas e ter aplicações e investimentos financeiros
Para a especialista, não falar sobre como usam os recursos financeiros é o pior erro que um casal pode cometer ao levar uma vida a dois. Ela recomenda que os parceiros combinem o que deve ser feito com a renda familiar e definam os planos e as estratégias para alcançar os objetivos. “Adiar a conversa pode causar ainda mais problema. Se a situação já está no extremo e um dos parceiros está endividado, pode acabar se afundando mais ainda”, ressalta.