Finanças Descentralizadas (DeFi) representam um risco? Departamento do Tesouro dos EUA avalia cenário
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos publicou nesta quinta-feira (6) uma avaliação de risco acerca de atividades ilícitas que permeiam entre as finanças descentralizadas (DeFi).
A avaliação, a primeiro do gênero no mundo, busca encontrar os riscos associados ao ambiente descentralizado no blockchain – ou seja, as negociações que ainda não são reguladas ocorrem através de redes de contratos inteligentes.
Segundo a secretaria, atores como a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), cibercriminosos, invasores de ransomware, ladrões e golpistas estão usando serviços DeFi para transferir e lavar lucros ilícitos.
“Eles são capazes de explorar vulnerabilidades, incluindo o fato de que muitos serviços DeFi que têm obrigações contra lavagem de dinheiro e combate ao financiamento do terrorismo (AML/CFT) falham em implementá-las”, diz documento.
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DeFi é um risco?
O subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian E. Nelson, comenta que as avaliações de risco desempenham um papel fundamental na promoção da compreensão do ambiente de risco financeiro ilícito e na melhor proteção do sistema financeiro norte-americano.
Os serviços DeFi que não cumprem regras contra lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo representam o risco financeiro mais significativo nesse domínio, segundo comunicado.
“Nossa avaliação conclui que atores ilícitos, incluindo criminosos, golpistas e cibercriminosos norte-coreanos, estão usando serviços DeFi no processo de lavagem de fundos ilícitos. Capturar os benefícios potenciais associados aos serviços DeFi requer abordar esses riscos”, diz.
“O setor privado deve usar as conclusões desta avaliação para informar suas próprias estratégias de mitigação de risco e tomar medidas claras, de acordo com os regulamentos AML/CFT e obrigações de sanções, para impedir que atores ilícitos abusem dos serviços DeFi”.
Conforme o comunicado à imprensa, os serviços DeFi envolvidos em atividades cobertas pela Lei de Sigilo Bancário têm obrigações AML/CFT, independentemente de os serviços afirmarem que estão atualmente ou planejam ser descentralizados.
Outras vulnerabilidades incluem o potencial de alguns serviços DeFi estarem fora do escopo das obrigações AML/CFT existentes, controles AML/CFT fracos ou inexistentes para serviços DeFi em outras jurisdições e controles de segurança cibernética deficientes por serviços DeFi, que permitem o roubo de fundos.