Fim dos estímulos? Mundo vê menor nível de corte de juros em 21 anos
Os bancos centrais em todo o mundo correram para cortar os juros em um esforço coordenado para combater os efeitos da pandemia do coronavírus na economia, mas esta tendência está se invertendo rapidamente.
Após o surto inicial, aproximadamente 90% dos bancos centrais cortaram as taxas em um esforço para evitar o pior cenário econômico.
“Agora, à medida que as economias se recuperam e a inflação esquenta, nenhuma diminuiu as taxas nos últimos três meses – uma ocorrência não vista desde pelo menos 2000”, aponta o chefe de investimentos da Raymond James, Larry Adam, em um relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times.
Percentual de bancos centrais cortando os juros (nos últimos 3 meses)
Os maiores bancos centrais – Federal Reserve, BCE e o Banco do Japão – ainda não se moveram, mas outros estão começando a traçar seu próprio caminho.
“O Banco do Canadá, o Banco da Inglaterra e o Swedish Risksbank sinalizaram que começarão a reversão, o Banco da Noruega deve aumentar as taxas ainda este ano e outros bancos centrais lidando com o aumento das pressões inflacionárias (Islândia, Brasil, Turquia e Rússia ) já anunciaram aumentos nas taxas”, lembra Adam.