Fim do tabu no Majestoso, expectativas para a Super Quarta, transição energética e outros destaques que agitam o mercado hoje
Não tem muito como escapar. Por mais que digam que o assunto do dia são as decisões de juros do Copom e do Fed, só se fala na quebra do tabu do São Paulo contra o Corinthians.
Não foi um tabu qualquer. Não é que o São Paulo nunca havia vencido o Corinthians em Itaquera. O tricolor não vencia o alvinegro na condição de visitante havia dez anos.
Se voltarmos mais, desde a fundação do São Paulo FC como o conhecemos hoje, em 1935, o clube nunca havia vencido o rival em estádios de propriedade corinthiana.
Com um pouco de flexibilidade, considerando os clubes que deram origem ao São Paulo, esta foi a primeira vitória do gênero sobre o Corinthians em quase 90 anos.
Sim, eles já se enfrentaram na Fazendinha e eu sou um dos loucos que compilam esse tipo de informação crucial para o avanço da sociedade.
Se você não torce para o Corinthians, certamente conhece alguém próximo que torça. Somos muitos — e muito chatos, admito.
E enquanto tabus existem para serem quebrados, você provavelmente ouviu algum corinthiano se queixando recentemente que não tem um dia de paz.
É exatamente nesse ponto que o corinthiano e o investidor se encontram. Qualquer que seja a boa notícia, ela parece vir acompanhada de um porém.
Isso nos leva à Super Quarta dos bancos centrais. Passada a pandemia, a discussão entre os investidores passou a girar em torno do início do corte de juros pelo Fed.
Muitos tubarões entraram na onda de que os dirigentes do banco central norte-americano antecipariam o ciclo de alívio monetário porque sim. Mas o Fed segue duro na queda, concentrado em sua luta contra a inflação.
A expectativa para hoje é de que a autoridade monetária norte-americana mantenha o nível dos juros sem sinalizar um corte em março.
Por aqui, o Copom já contratou um corte de 50 pontos-base desde a última reunião. Então, se não houver uma nova quebra de tabu, a Selic deve terminar o dia em 11,25% ao ano.
Em ambos os casos, os olhos atentos dos investidores estarão voltados para as linhas dos comunicados que acompanham essas decisões.
O que você precisa saber hoje
PRÉVIA DO COPOM
O BC deve cortar a Selic para 11,25% ao ano e dar pistas sobre quando (e se) vai acelerar o ritmo do ‘pouso’ dos juros. A maioria do mercado aposta em uma nova redução de meio ponto percentual nos juros hoje e nas próximas reuniões.
CENÁRIO FAVORÁVEL
“Brasil parece ser um bom lugar para alocar capital moderadamente, mas não está tão barato”, diz Luis Stuhlberger, da Verde. Balança comercial favorável e redução da inflação estão entre os motivos apontados pelo gestor.
LAIC 2024
Transição energética: CEOs da Raízen (RAIZ4) e da Vibra (VBBR3) apostam no etanol, que pode virar até ‘meio de transporte’; entenda. Os executivos Ricardo Mussa e Ernesto Pousada falaram sobre os planos das companhias para o mercado de energia verde durante evento do UBS.
SD ENTREVISTA
Copel (CPLE6) quer se tornar ‘benchmark’ do setor de energia nos próximos 5 anos — e ainda pode pagar dividendos extraordinários, diz CEO. A expectativa de Daniel Slaviero é que, com a privatização, a companhia paranaense elimine a maior parte das ineficiências da estatal dentro dos próximos ano.
LAIC 2024
Os planos de Alexandre Birman, CEO da Arezzo: crescer no vestuário feminino e consolidar o e-commerce. “Não somos varejo, somos uma gestora de marcas”, afirma o executivo, que está prestes a completar 13 anos como empresa aberta na B3.
FOLLOW-ON
Energisa (ENGI11) levanta quase R$ 2,5 bilhões em oferta de ações; veja o que a empresa pretende fazer com o dinheiro. A oferta primária da companhia saiu com desconto de apenas 1,5% em relação ao fechamento de ontem e foi amplamente garantida pelos controladores.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Gol (GOLL4) perde um terço do valor na bolsa em um dia; B3 exclui ações do Ibovespa hoje. Pelas regras da bolsa, empresas em recuperação judicial não podem fazer parte dos índices de ações.
MAIS UM CAPÍTULO
A novela não chegou ao fim: Reag chama assembleia para destituir todo o conselho da GetNinjas (NINJ3). A iniciativa vem na esteira da oferta pública de aquisição (OPA) da empresa, que consolidou o controle da Reag na companhia.
NEGÓCIOS
Por que os controladores da Mitre (MTRE3) venderam quase 10% das ações da incorporadora na B3. A família Mitre segue como principal acionista da incorporadora, mas agora com uma participação de pouco mais de 40%.
SEM PAZ
A Rússia vai invadir? Os dois países que estão na mira da “operação militar especial” de Putin. O governo russo diz se o Ocidente está correto em prever quais serão as próximas guerras que Putin pode travar daqui pra frente.
Uma boa quarta-feira para você!