Fim do Plano Safra e aquisição da JBS (JBSS3); veja 5 assuntos no Agro Times
O investidor que acompanha o noticiário do agronegócio despertou maior interesse na semana por temas ligados ao eventual fim do Plano Safra dada a elevada taxa de juros, além da mais recente aquisição realizada pela JBS (JBSS3).
Confira abaixo as cinco notícias mais lidas do Agro Times na semana:
5° lugar: Investidores tendem a punir mais o Minerva (BEEF3) por exportações brasileiras menores
A tendência de recuo das exportações de carne bovina, confirmada nas estatísticas de novembro, se inclina mais sobre o desempenho da Minerva (BEEF3) na B3 (B3SA3).
Com o Ibovespa (IBOV) também em baixa, às 12h20, Marfrig (MRFG3) mantém a alta da terça e JBS (JBSS3) voltou ao positivo.
Só o Minerva estende os recuos da véspera, agora a 0,95%, com o papel valendo R$ 11,43. Os investidores conhecem o poder das exportações no conjunto do balanço do frigorífico.
4° lugar: Chef do bife dourado que regalou selecionáveis no Catar já ostentou globalmente para o Marfrig (MRFG3)
O Marfrig (MRGF3) não deve saber se suas carnes são salpicadas com ouro nas casas do chef turco Nusrte Gökce, como as que os astros da seleção saborearam no Catar, mas o famoso restarateur já esteve ou está na folha de pagamentos dos prestadores de serviços do frigorífico.
O bife da celebridade está saindo em torno de R$ 9 mil na sede da Copa e causou polêmica a presença de Vinicius Jr. e Ronaldo se fartando do que chamaram aqui de ostentação.
Em setembro do ano passado, Salte Bae, como é conhecido – pelo modo peculiar de salgar o beef, se contorcendo tentando passar sensualidade -, esteve no Brasil para estrelar uma campanha da linha premium Bassi, do grupo, como publicou Money Times.
? 3° lugar: Esta ação é a favorita do universo agro para dezembro; confira ranking com 27 analistas
O setor de papel e celulose segue bem visto por analistas, com Suzano (SUZB3) sendo o nome que se sobressai nas carteiras recomendadas.
Segundo levantamento feito pelo Money Times com base em recomendações de 27 instituições, a ação supera com folga os demais papéis do universo do agronegócio, tendo recebido em dezembro oito menções.
O Santander, que tem a Suzano em seu portfólio, aposta que, por conta do cenário de preços de papel e celulose esperados para 2022 e 2023, a companhia pode ter “uma grande geração de caixa” e “possibilidades de expansão por conta da sua rápida desalavancagem”.
? 2° lugar: No negócio em que o ganho é a verticalização, como fica a JBS (JBSS3) ao comprar a TriOak?
A compra de “certos ativos” que a JBS fez da TriOak Foods nos Estados Unidos encheu os olhos dos investidores na sexta, que compraram as ON JBSS3 em quantidade que elevou o papel a mais de 3% (R$ 22,22).
O negócio, de valor não informado, vai deixar o player mundial melhor amparado no fornecimento de suínos, o core business da companhia sediada em Oakville, no estado de Iowa, mas mais a frente os detalhes da aquisição vão aparecer nos balanços da companhia.
A TriOak tem granjas próprias e integração com outros 300 produtores americanos, também trabalha com matrizes e opera ainda com fábrica de rações e comercializa grãos, segundo seu site.
? 1° lugar: Selic 2023: PEC da Transição poderá abrir caminho para Plano Safra acabar de vez
O que deverá proporcionar uma corrida ao crédito agrícola subsidiado é o Banco Central (Bacen) sinalizar mais preocupações com a PEC da Transição.
Não é esperada alteração nas taxas de juros nesta quarta (7), e, sim, a renovação das preocupações, com o desequilíbrio fiscal pelo rombo de R$ 198 bilhões acima do teto para o Auxílio Brasil, já manifestadas pela autoridade pelo presidente Roberto Campos Neto
Logo, o mercado poderá esperar retomada do ciclo de alta da Selic, a partir da próxima reunião do Copom em 2023, uma vez que o Bacen é independente e não deverá dar ‘bola’ para que o novo governo Lula pensa ou deixa de pensar.