Jair Bolsonaro

Fim do mistério: Bolsonaro revela quando volta ao Brasil e chama eventual prisão de ‘arbitrariedade’

15 mar 2023, 15:16 - atualizado em 15 mar 2023, 15:16
Ex-presidente Jair Bolsonaro Justiça dinheiro projeto de lei
Bolsonaro marca retorno ao Brasil para o final de março (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O ex-presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (14) que pode voltar ao Brasil no dia 29 de março, mas que avaliará a sua situação no País antes de tomar a decisão final.

“Eu sempre marco uma data para voltar. A data marcada agora é dia 29 deste mês. Quando falta uma semana, a gente estuda a situação, como que está o Brasil, como tão os contatos aqui”, disse.

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Em evento com brasileiros nos EUA, ele afirmou ainda acreditar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode torná-lo inelegível. No momento, Bolsonaro responde a 15 ações que podem cassar seus direitos políticos.

Entre as ações, o ex-chefe do Executivo é investigado por espalhar acusações sobre supostas fragilidades do sistema eleitoral a embaixadores de outros países. Bolsonaro, porém, não apresentou nenhuma prova sobre as afirmações.

Questionado por apoiadores, Bolsonaro expressou que uma eventual prisão aconteceria apenas em uma situação extraordinária. “Existe essa possibilidade de inelegibilidade, sim. A questão da prisão, só se for uma arbitrariedade”, afirmou.

Em relação ao futuro da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro na política, ele negou que a esposa vai se candidatar para um cargo Executivo.

“Ela foi fantástica, me ajudou bastante na campanha e tem essa veia política. Lançaram ela candidata à presidente, ela ficou revoltada, porque começou a apanhar… Não é candidata ao Executivo. Ela pode disputar um cargo eletivo”, disse Bolsonaro.

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Possibilidade de prisão tem adiado retorno de Bolsonaro

Bolsonaro deixou o país no dia 30 de dezembro, um dia antes de terminar o seu mandato, e está na Flórida desde então. Neste período, ele deu entrevistas e encontrou apoiadores.

Em entrevista ao The Wall Street Journal, Bolsonaro disse não ter certeza se voltará a concorrer à presidência e que vai focar mais em um papel de liderança entre os conservadores no Brasil, uma vez que o “movimento de direita não está morto”.

Ele ainda esclareceu que a indefinição da data de retorno ao Brasil se deve à possibilidade de prisão. “Uma ordem de prisão poderia vir do nada”, disse o ex-chefe do Executivo ao mencionar o episódio da prisão de Michel Temer, em 2019.

Na última semana, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro disse, em conversas reservadas, temer que seu marido seja “alvo da Justiça”. Por conta disso, ela tem defendido que Bolsonaro permaneça mais tempo nos Estados Unidos.

*Com informações de Reuters