Fim do CPA-10, CPA-20 e CEA: Entenda as mudanças da Anbima na prática
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) anunciou nesta segunda-feira (18) que as atuais certificações oferecidas pela instituição irão sofrer alterações. Portanto, o CPA-10, CPA-20 e CEA deixarão de existir em um futuro próximo.
A entidade irá reformular as provas e, inclusive, o nome das certificações, a fim de atender de uma melhor forma as recentes (e rápidas) mudanças do mercado financeiro nos últimos anos. Desta forma, a Anbima acredita que poderá qualificar ainda mais os profissionais.
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Entenda o que muda na prática
As provas passarão por mudanças que serão aplicadas a partir de janeiro de 2026. Os exames contarão não só os conhecimentos técnicos dos candidatos, mas também a capacidade de aplicar a teoria em casos práticos e de demonstrar competências comportamentais, as conhecidas soft skills.
As três novas certificações serão voltadas a uma atividade central. Sendo elas:
- Fornecimento de informações básicas sobre produtos, investimentos e serviços financeiros nas instituições, seja para prospecção ou suporte no atendimento ao cliente.
- Gerenciamento e acompanhamento do portfólio de investimentos do cliente. Entre suas principais funções, esse profissional realiza a análise do perfil do investidor, presta informações sobre os diferentes tipos de investimentos e seus riscos e, se necessário, pede auxílio para um especialista em produto antes de mudar a carteira do cliente.
- Recomendação sobre investimentos, com expertise para criar e alterar portfólios. Focado em produtos de investimentos, esse profissional pode ser especialista em classes e ativos específicos, oferecendo suporte tanto para o cliente final quanto para outras áreas da instituição.
“Com essa mudança, o que podemos presumir é que a Anbima quer oferecer uma trilha de conhecimento porque hoje não existe pré-requisito entre as certificações. Isso significa que se eu quiser começar hoje pela CEA, eu posso”, explica Tiago Feitosa, especialista em carreiras e dono da T2 Educação, sobre as mudanças na minuta.
O profissional ainda pontua que esse movimento é bastante positivo para o mercado, principalmente porque outras certificações da própria Anbima já seguem este modelo de “trilha”. Além disso, Feitosa enxerga com bons olhos a cobrança de conteúdos para além do teórico, já que desta forma o profissional chega ao mercado melhor preparado para atender seus clientes.
Aos que estavam ou estão se preparando para as atuais certificações, o especialista dá a dica: “Para alguns profissionais pode gerar uma corrida por conta de um medo de mudança, mas o fato é que o profissional que está pensando na carreira não deveria se preocupar em correr para tirar certificações. Antes disso, deveria se preocupar em estudar para aprender, independente de qual seja o nome da certificação e a forma da certificação”, inteira.