Fim de uma era: Ações da BR Malls deixam de ser negociadas na B3; entenda
A administradora de shopping center BR Malls (BRML3) concluiu a fusão com a Aliansce Sonae (ALSO3) nesta sexta-feira (6), conforme anunciado em 19 de dezembro do ano passado, e assim, suas ações deixam de ser negociadas no segmento do Novo Mercado da B3 a partir de segunda-feira (9).
Há pouco, as companhias divulgaram simultaneamente comunicados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) explicando como será o processo de incorporação dos papéis, em que serão considerados investidores com posições em BRML3 no fechamento do pregão de hoje, o último de negociação dessas ações.
Incorporação de ações da BR Malls
Com a fusão, as ações da BR Malls serão incorporadas pela Dolunay Empreendimentos e Participações, nome da holding que soma a operação das duas administradoras de shoppings, na qual haverá aumento de capital com a emissão de papéis no valor de R$ 1,33 bilhão.
A partir de segunda-feira, começam a ser negociadas na B3 as novas ações emitidas pela Aliansce Sonae e que serão entregues aos acionistas da BR Malls. Já o resgate do papel será pago em 20 de janeiro à vista e, para cada ação da BRML3, será pago R$ 1,6289.
Projeção de sinergias com fusão de shoppings
A Aliansce Sonae diz que projeta sinergias de R$ 210 milhões com a combinação de negócios com a BR Malls, a ser capturadas até o fim de 2028. Porém, a empresa ressalta que a previsão reflete as expectativas atuais da atual gestão e que o número depende de fatores e condições de mercado.
Após negociações que duraram meses, acionistas das companhias aprovaram a fusão entre elas em junho de 2022, em negócio que nasce avaliado em R$ 12 bilhões e conta com 69 estabelecimentos. A operação foi aprovada, sem restrições, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em novembro.
Agora, a BR Malls deverá pedir à CVM a conversão do seu registro de companhia aberta de categoria A para a categoria B.