Fim de parceria entre Azul e Latam muda algo para ações?
O fim do compartilhamento de voos (codeshare) entre Azul (AZUL4) e Latam surpreendeu os analistas do BTG Pactual (BPAC11), principalmente porque aconteceu nesse momento, quando ambas as companhias sinalizaram os benefícios criados por tal acordo.
Por outro lado, assumindo a postura de consolidação no mercado doméstico da Azul, o encerramento da parceria não parece ser tão inesperado, visto que a companhia tem um histórico de aquisições no Brasil.
“Desde o anúncio do acordo de codeshare com a Latam, o mercado sempre especulou sobre uma potencial fusão entre as duas empresas. A administração da Azul costumava dizer que o codeshare foi um primeiro passo positivo e suficiente para o curto prazo, o que pode indicar o crescente apetite da Azul por acordos maiores pela frente, conforme o cenário de pandemia comece a sossegar”, comentou o BTG.
Em fato relevante divulgado ontem, a Azul disse que está preparada para liderar o movimento de consolidação do setor aéreo no pós-pandemia. A empresa afirmou que contratou no fim do primeiro trimestre consultores para estudar “ativamente as oportunidades de consolidação da indústria”.
Na avaliação do BTG, ainda é muito cedo para saber a real intenção da Azul – se ela está procurando um novo acordo com a Latam ou com outro player do setor.
“Ainda é cedo para fazer suposições até que uma visibilidade seja fornecida”, disse.
O banco reiterou a recomendação de compra para a Azul e neutra para Latam.