Fim da temporada de balanços: Veja os setores que mais se destacaram no 2T24, segundo o BTG
A temporada de balanços referentes ao segundo trimestre de 2024 (2T24) chegou ao fim, mostrando resultados mistos entre as empresas domésticas, na avaliação do BTG Pactual.
Excluindo Petrobras e Vale — que juntas tem participação superior a 23% no Ibovespa — à primeira vista, os resultados parecem bons, com receitas, Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e lucro líquido 3,1%, 2,3% e 5,3% acima das estimativas do banco.
“Considerando apenas as empresas domésticas, os resultados foram mistos, com receitas e Ebitda 2,5% e 3,1% acima das previsões, enquanto o lucro líquido ficou 3,8% abaixo do estimado”, diz relatório do BTG.
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Com relação ao segundo trimestre de 2023, os analitas comentam que os resultados foram, em sua maioria, sólidos, com receita consolidada e Ebitda, excluindo Petrobras e Vale, crescendo 10,3% e 21% na base anual, enquanto o lucro líquido caiu 1,5%.
No recorte das empresas de commodities, os resultados também foram mistos, com receitas e desempenhos de Ebitdas apontados como “decentes”, de 9,9% e 11,3% no ano, mas com queda no lucro líquido para 74,6%.
Por outro lado, considerando apenas as empresas domésticas, o desempenho foi forte, com receitas, Ebitda e lucro líquido aumentando 9,6%, 18,4% e 26,9% na comparação anual.
“Ressaltamos que ajustamos os números da Localiza pela baixa contábil, o que aumentou seu Ebitda em R$ 385,6 milhões e seu lucro em R$ 1,2 bilhão. Também consideramos a baixa contábil na Rumo, aumentando seu Ebitda em R$ 2,4 bilhões e seu lucro líquido em R$ 2,5 bilhões”, pontuam os analistas.
Excetuando esses ajustes, o Ebitda e o lucro líquido das empresas domésticas aumentaram 15,2%, contra 18,4% com ajustes, e 18,9% ano a ano, frente 26,9% com ajustes.
Quais setores se destacaram no 2T24?
Em comparação com o segundo trimestre de 2023, excluindo Petrobras e Vale, 16 dos 18 setores reportaram crescimento de receita. O sólido desempenho foi liderado por Alimentos e Bebidas (+R$ 13,9 bilhões; +9% a/a) e Petróleo e Gás (+R$ 12,1 bilhões; +14% a/a).
O BTG destaca Alimentos e Bebidas como o setor com melhor desempenho em todos os níveis, com destaque para nomes do setor avícola, como JBS (JBSS3) e BRF (BRFS3).
Em relação à JBS, os analistas comentam que a companhia apresentou resultados sólidos, com o maior Ebitda em dois anos e robusta geração de caixa, impulsionado por Pilgrim’s e Seara, enquanto outros segmentos como Austrália e JBS Brasil também apresentaram números sólidos.
A BRF reportou excelentes resultados na visão do BTG, atingindo Ebitda recorde graças ao forte desempenho no Brasil e um excelente desempenho no mercado externo.
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