Filtro em pesquisa eleitoral? Ibope esclarece polêmica criada por cientista político
A polêmica levantada nas redes sociais pelo cientista político Alberto Carlos de Almeida, do Instituto Brasilis, em seu Twitter, acerca da credibilidade da pesquisa Ibope publicada ontem (1º) motivou uma resposta oficial do Instituto.
Veja a íntegra da última pesquisa eleitoral Ibope
“O Ibope modificou o filtro da entrevista. Na pesquisa de ontem não foi entrevistado quem não votou nas últimas eleições. Por isso, a rigor os resultados não são comparáveis”, disse Almeida.
O levantamento apontou um crescimento de Jair Bolsonaro(PSL) de 27% para 31% e manutenção de Fernando Haddad em 21% no primeiro turno. Já no segundo turno, Bolsonaro avançou de 38% para 42% e empatou com o petista. A notícia provocou uma forte alta nos mercados financeiros.
Sobre os questionamentos feitos por Alberto Almeida, de mudança de filtro na última pesquisa, o Ibope disse que não houve alteração.
“As pesquisas eleitorais realizadas para a TV Globo e O Estado de S. Paulo, desde 2014, consideram eleitores votantes, levando em conta a média histórica das abstenções. As pesquisas realizadas para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), como a divulgada no dia 26 de setembro, historicamente são realizadas com eleitores”, destaca o texto do Instituto.
Sendo assim, o Ibope esclarece que ambas representam o eleitorado brasileiro e seus resultados foram comparados pois os dados são consistentes e não há diferenças significativas entre eles.
“Vale lembrar que Alberto Almeida já foi processado pelo IBOPE Inteligência, por fazer afirmações falsas sobre a metodologia de nossas pesquisas, e foi obrigado pela Justiça a fazer uma retratação pública”, continua o Instituto. O site Antagonista lembra que Almeida foi “aquele cientista político que foi pego aconselhando Lula a fugir da Justiça para um ministério“.