Fiesp pede a Guedes mais garantias do Tesouro para crédito a empresas
O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Paulo Skaf, encaminhou uma série de propostas para auxílio a empresas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, pedindo principalmente mais garantias do Tesouro e do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), do BNDES, para crédito.
Em documento enviado na quarta-feira ao ministro, Skaf argumentou que o acesso ao crédito para capital de giro pelas empresas é fator primordial para sua sobrevivência, mas destacou que um segmento específico ainda não foi contemplado pelas medidas já anunciadas pelo governo: o de negócios com faturamento anual entre 10,1 milhões e 109 milhões de reais.
“A maior carência é em programas de financiamento emergencial de capital de giro para as médias empresas industriais, que com a crise, têm limitado acesso a crédito”, afirmou o documento, destacando que essas empresas não dispõem de recebíveis para descontar e enfrentam lentidão dos bancos em operacionalizar as linhas de crédito existentes.
Segundo a Fiesp, as médias empresas que se enquadram nessa faixa de receita respondem por 29,1% do emprego na indústria da transformação.
A Fiesp sugeriu à pasta comandada por Guedes a estruturação de um produto que funcione como o programa de financiamento à folha de pagamento, mas que sirva para garantir o acesso a capital de giro.
A entidade também pediu ao ministro mais repasses do BNDES e do Proger, o Programa de Geração de Emprego e Renda do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).