Fibria tem lucro líquido de R$ 743 milhões no 3º trimestre
A Fibria registrou lucro líquido de R$ 743 milhões no terceiro trimestre de 2017, um valor 23 vezes acima do reportado em igual período do ano passado, de R$ 32 milhões.
De julho a setembro, o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 1,256 bilhão, uma alta de 66% ante o mesmo intervalo de 2016. No período, a margem Ebitda pro-forma, que exclui as vendas de celulose provenientes do contrato com a Klabin, foi de 37% para 49%.
Segundo o informe de resultados da Fibria, a evolução do Ebitda na comparação anual ocorreu com o maior preço médio líquido em dólar da celulose e maior volume vendido. A receita líquida evoluiu 24% do terceiro trimestre do ano passado para este ano, para R$ 2,844 bilhões. O resultado financeiro ficou positivo em R$ 456 milhões, ante um valor negativo de R$ 203 milhões de julho a setembro do ano passado.
Ebitda
O lucro de R$ 743 milhões da Fibria no terceiro trimestre de 2017 ficou 7,9% abaixo da média das projeções da Prévia Broadcast (Itaú BBA, BTG Pactual e Lopes Filho), que apontava para R$ 807 milhões. Já o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) divulgado pela companhia, de R$ 1,256 bilhão, veio 10% acima da média esperada pelas casas consultadas (Itaú BBA, BTG Pactual, BB Investimentos e Lopes Filho), de R$ 1,139 bilhão.
A receita líquida de R$ 2,844 bilhões no terceiro trimestre de 2017 ficou 6,6% abaixo do projetado, que era de R$ 3,046 bilhões. O Broadcast considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.
Alavancagem
A alavancagem da Fibria – medida pela relação dívida líquida e Ebitda – ficou em 3,24 vezes no terceiro trimestre de 2017, um recuo ante o trimestre exatamente anterior, quando ficou em 3,85 vezes, mas ainda acima do intervalo de julho a setembro de 2016, de 2,33 vezes. A dívida líquida atingiu R$ 12,238 bilhões em setembro de 2017, uma queda de 3% ante junho de 2017, mas ainda superior, 15%, a setembro de 2016.
O custo médio total da dívida medido em dólar foi de 3,5% ao ano em setembro, ante 3,7% em junho e 3,3% em setembro do ano passado, composto pelo custo médio da dívida bancária em moeda nacional de 8,3% a.a, que reduziu em função da queda na curva futura de juros DI e pelo custo em moeda estrangeira. O prazo médio da dívida total era de 54 meses em setembro de 2017, comparado com 55 meses em junho de 2017 e 49 meses em setembro de 2016.
(Por Marcelle Gutierrez)