Fusões e Aquisições

Fiat Chrysler e Peugeot traçam rumo para criação de 4ª maior montadora do mundo

31 out 2019, 12:50 - atualizado em 31 out 2019, 12:50
Anúncio ocorreu menos de cinco meses depois que a FCA desistiu de negociações para uma fusão com a Renault (Imagem: Reuters/Rebecca Cook)

A Fiat Chrysler e a controladora da Peugeot, PSA, planejam juntar forças em uma fusão de iguais que criará a quarta maior montadora de veículos do mundo, em busca de escala para bancarem pesados investimentos em novas tecnologias e enfrentarem desaceleração da demanda.

Fiat Chrysler (FCA) e PSA anunciaram nesta quinta-feira que pretendem alcançar um acordo vinculante para criarem um grupo automotivo de 50 bilhões de dólares e que terá ações listadas em Paris, Milão e Nova York. O presidente-executivo do novo grupo será o atual presidente da PSA, Carlos Tavares, e o presidente do conselho de administração será o atual presidente da FCA, John Elkann.

O anúncio ocorreu menos de cinco meses depois que a FCA desistiu de negociações para uma fusão com a Renault.

Com a fusão, a FCA terá acesso a plataformas mais modernas de veículos da PSA, ajudando o grupo a cumprir normas mais rígidas contra emissão de poluentes, enquanto a PSA, concentrada na Europa, vai se beneficiar dos negócios lucrativos da FCA nos Estados Unidos e em grandes mercados como Brasil.

O analista Philippe Houchois, da Jefferies, afirmou que o atingimento de uma fusão de partes iguais significa que a PSA vai pagar um prêmio de 32 por cento para assumir o controle da FCA.

As ações da FCA saltavam mais de 11 por cento em Milão enquanto os papéis da PSA em Paris despencaram até 14 por cento.

“Os acionistas da PSA estão assumindo mais risco que os da FCA”, disse Houchois, embora ele admita que uma fusão entre FCA e PSA ainda represente a combinação mais lógica e atraente da indústria.

PSA e FCA afirmaram que esperam concluir o acordo nas próximas semanas. O negócio criará um grupo com vendas de 8,7 milhões de veículos por ano e que ficará atrás de Volkswagen, Toyota e Renault-Nissan.

As duas montadoras, que possuem fábricas de veículos também no Brasil, têm como objetivo economia de 3,7 bilhões de euros, dos quais 80 por cento serão alcançados nos primeiros quatro anos do acordo. As empresas não mencionaram fechamento de fábricas.

O grupo terá as marcas Fiat, Jeep, Dodge, Ram, Chrysler, Alfa Romeo, Maserati, Peugeot, DS, Opel e Vauxhall, incluindo carros populares, de luxo, utilitários esportivos e veículos comerciais.

As ações da FCA saltavam mais de 11 por cento em Milão enquanto os papéis da PSA em Paris despencaram até 14 por cento.

“Os acionistas da PSA estão assumindo mais risco que os da FCA”, disse Houchois, embora ele admita que uma fusão entre FCA e PSA ainda represente a combinação mais lógica e atraente da indústria.

PSA e FCA afirmaram que esperam concluir o acordo nas próximas semanas. O negócio criará um grupo com vendas de 8,7 milhões de veículos por ano e que ficará atrás de Volkswagen, Toyota e Renault-Nissan.

As duas montadoras, que possuem fábricas de veículos também no Brasil, têm como objetivo economia de 3,7 bilhões de euros, dos quais 80 por cento serão alcançados nos primeiros quatro anos do acordo. As empresas não mencionaram fechamento de fábricas.

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