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Fiagros têm baita motivo para subir em 2023, pagando dividendos e na cola da Selic, diz gestor

11 jan 2023, 14:29 - atualizado em 11 jan 2023, 14:29
Fiagros
Maioria dos Fiagros conta com um tipo de indexador que só tende a entregar os melhores resultados em 2023, aponta Vectis Gestão  (Imagem: Pixabay/@alexsander)

Os Fiagros (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais) já são o porto seguro de mais de 170 mil investidores, de acordo com os dados mais recentes divulgados pela B3 em dezembro de 2022. E a classe ainda conta com baita vantagem em 2023.

Essa modalidade de investimento, que é parente dos fundos imobiliários, facilita que pessoas físicas consigam se expor ao agronegócio, o setor mais representativo da economia brasileira.

E uma característica peculiar dos Fiagros os colocam em destaque na renda variável neste ano, de acordo com Mucio Mattos, sócio e head de crédito da Vectis Gestão.

“A maior parcela da carteira de crédito desses fundos voltados ao agronegócio é indexada ao CDI (indicador que segue o desempenho da Selic). E como expectativa do mercado é que a Selic não caia tão cedo, esses fundos estão pagando um spread atrativo”, destaca o especialista.

Na prática, o investidor que aplica em Fiagros já sai com um rentabilidade garantida 13,65% ao ano (100% do CDI), que se soma a uma taxa prefixada adicional, o chamado CDI+.

E não é difícil encontrar fundos que tenham carteira compostas por CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) que estejam pagando taxas CDI + 2% ao ano ou mais.

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Dividendos e menos turbulência

Outro ponto que chama a atenção do investidor pessoa física é considerar que os Fiagros são produtos voltados para o recebimento de dividendos.

Existe a isenção de Imposto de Renda sobre os proventos recebidos para as pessoas físicas. E, na outra ponta, a menor exposição do agronegócio ao cenário local vem muito à calhar em tempos de turbulência no Brasil.

“Com o cenário local mais turbulento (e, consequentemente, câmbio depreciado), o agronegócio é quem se beneficia. A exposição do setor ao mercado externo responde por ao menos 45% das exportações do Brasil no acumulado até outubro de 2022″, salienta Mattos.