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Fiagros: Estratégias, rentabilidades e riscos diferentes

17 nov 2022, 16:29 - atualizado em 17 nov 2022, 16:29
Fiagros com dividendos
“Cada Fiagro tem uma estratégia diferente, papéis diferentes e, desta forma, riscos e rentabilidades diferentes”, diz (Imagem: Pixabay/@alexsander)

A indústria dos Fiagros (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais) agregou muitos CPFs ao longo deste ano e recebeu investimentos bastante relevantes.

Nos últimos meses, foram mais de 116 mil pessoas físicas responsáveis por mais de 90% do total de R$ 1,59 bilhão de volume emitido no acumulado janeiro a setembro de 2022, segundo os dados do Boletim Mensal da B3 (BVMF:B3SA3).

Ao olharmos para o futuro, nossa expectativa é que o Fiagro continue indo nesse caminho de crescimento.

Esta classe de ativo ainda está engatinhando no Brasil, mas acredito que tem tudo para ser muito relevante na carteira de todo mundo, pois a beleza do produto é que ele pode atender desde o investidor muito conservador, que está em busca de rendimentos mais voltados para a renda fixa e mais previsíveis até investidores ultra arrojados, que querem investir em ações e companhias do agronegócio.

Cada Fiagro tem uma estratégia diferente, papéis diferentes e, desta forma, riscos e rentabilidades diferentes. Neste sentido, antes de tomar qualquer decisão olhando para a rentabilidade passada, o primeiro passo é observar as características do fundo e os tipos de ativos que vão compor sua carteira.

Você está totalmente alinhado à filosofia de investimento do Fiagro escolhido? Sabe quais são os produtos que estão na carteira?

É preciso conhecer a postura dos gestores que estão à frente do fundo antes de tudo para saber quais riscos você estará correndo.

Uma das estratégias que os gestores de Fiagros utilizam dentro dos fundos para rentabilizar o rendimento dos cotistas é o que chamamos de buy and hold, que significa comprar e segurar para se apropriar de todas as receitas que o papel for tendo ao longo de sua vida, através dos pagamentos feitos pelo emissor.

Outra forma de rentabilizar o fundo é pensar no curto prazo. Eu posso, por exemplo, ter a convicção de que o ativo está sendo vendido a uma taxa maior do que vai ser daqui a algum período.

Assim, adquiro o papel e procuro vender com uma taxa menor daqui a 90 dias ou 120 dias e me aproprio do ganho para distribui-lo aos cotistas. São duas estratégias válidas, porém muito diferentes de pensar portfólio.

As duas são comumente usadas pelos gestores e, inclusive, podem conviver em um mesmo fundo.

Além de verificar as estratégias adotadas, o investidor deve estar atento a outra questão importante que vai impactar tanto o risco quanto a rentabilidade futura de um fundo: a forma como o gestor escolhe os ativos que vão compor a carteira.

Podemos pensar em diversas maneiras de avaliar um investimento e isso depende muito para qual veículo o papel será direcionado e para qual o público, profissional ou geral?

Quais segmentos o fundo prioriza? A convicção é de que é o mercado sucroalcooleiro nos próximos anos irá performar melhor do que soja e outras culturas? Analise qual a cultura que você deseja adicionar a seu portfólio, mas também procure não investir em um gestor que tenha uma grande concentração em um só setor.

Os fundos divulgam regularmente relatórios completos onde explicam as estratégias adotadas e é importante se informar para saber se são as mais adequadas a seu perfil.

Não há certo ou errado. A decisão depende do objetivo do investidor, do momento em que se encontra e do percentual que pretende alocar.

Alcançar melhor retorno com menor risco possível é o grande objetivo dos investidores. Essa não é uma equação simples, normalmente para ter mais retorno é necessário correr mais risco.

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