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Fiagros encerram 2023 com patrimônio líquido de R$ 20,5 bilhões e 57 novos fundos; o que esperar em 2024?

16 jan 2024, 12:53 - atualizado em 16 jan 2024, 12:53
fiagros fundos imobiliários
Desafios enfrentados pelo setor do agronegócio podem resultar em uma menor emissão de Fiagros em 2024; confira (Imagem: Divulgação)

Os Fiagros (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais) fecharam 2023 com uma entrada de R$ 3,7 bilhões, o que levou seu patrimônio líquido a totalizar R$ 20,5 bilhões.

Os dados são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Em dezembro, os Fiagros registraram captação líquida de R$ 95,4 milhões em dezembro, contra R$ 116,1 milhões em novembro.

Com isso, em 2023, o Brasil registrou a abertura de 57 Fiagros, o que representa uma alta de 114% em relação ao volume de fundos de 2022, com um total de 107 fundos operando.

Os Fiagros em 2024

Para Caio Nabuco, analista de investimentos na Empiricus Research, no longo prazo, o estrutural da categoria é favorável.

“O setor do agronegócio é extremamente significativo para a agricultura brasileira, mas com uma exposição baixa ao mercado de capitais. Essa representatividade, esse gap, pode ser capturado pelos Fiagros, que são veículos interessantes do ponto de vista de crédito via CRAs, motivado pela categoria do produto e isenção do mesmo”, explica. 

Nabuco ressalta que há avanços em termos de regulação a serem realizados para os Fiagros, mas a perspectiva é favorável.

“O que pode interferir negativamente em 2024 no campo das emissões são os desafios enfrentados pelo setor, principalmente para quebra de safras, assim como as margens comprimidas para os produtores e os menores preços para as commodities, com destaque para os grãos”, explica.

Por fim, segundo o analista, os cotistas de fundos imobiliários (FII’s), que por vezes compartilham posições em Fiagros, devem dar mais atenção aos fundos de tijolos em função da trajetória de queda da Selic.

“Os Fiagros podem perder o apelo com os investidores, dado que a maioria das carteiras é indexada ao CDI”, finaliza.

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