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Fiagros: Dá para esperar mais dividendos em 2024? Confira os 10 fundos mais rentáveis de 2023

09 jan 2024, 11:00 - atualizado em 09 jan 2024, 11:00
fiagros dividendos
Os principais fiagros listados devolveram mais de 16% ao longo do ano de 2023; Selic deve afetar a rentabilidade dos acionistas? (Imagem: Getty Images)

Os fiagros, fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais, apesar de sofrerem com as oscilações do setor produtivo, ofereceram bons dividendos aos acionistas.

Vale lembrar que no fim de novembro o Grupo Bergamasco (Agropecuária Três Irmãos Bergamasco Ltda), que conta com terras ligadas ao fundo imobiliário BTG Terras Agrícolas (BTRA11)entrou com pedido de recuperação judicial.

De acordo com levantamento da Ável Investimentos, que destacou os principais pagadores de dividendos, os melhores pagamentos vieram dos seguintes fiagros:

Ticker Gestão Dividend yield em 2023
HGAG11 High Fiagro 22,94%
EGAF11 Ecoagro 19,36%
LSAG11 Leste Fiagro 19,28%
GCRA11 Galapagos Recebíveis do Agronegócio Fiagro 18,33%
OIAG11 Ourinvest Innovation 17,61%
VGIA11 Valora CRA Fiagro 17,53%
RZAG11 Riza Agro Fiagro 17,08%
NCRA11 NCH Recebíveis do Agronegócio 16,96%
PLCA11 Plural BRB Crédito Agro 16,89%
CPRT11 Capitânia Agro Strategies Fiagro 16,87%

O que esperar em 2024 para os fiagros?

Caio Nabuco de Araujo, analista de investimentos da Empiricus Research, ressalta que é de se esperar uma queda na rentabilidade dos fundos na comparação com 2023.

“Dado que a grande maioria dos fiagros são compostos por carteira de crédito com indexação CDI+, com os cortes da taxa Selic e do CDI por consequência, espera-se uma redução marginal no rendimento dos fundos. Os spreads normalmente são elevados, CDI+3 a CDI+8, o que garante ainda uma remuneração nominal considerável”, explica.

Por outro lado, Araujo destaca a importante diluição de risco, dado que o custo da dívida dos produtores diminui, o que favorece os pagamentos.

“Dado que o cenário para o agronegócio no Brasil promete instabilidade em 2024, é importante termos esse arrefecimento no custo de dívida. No entanto, isso não significa que isso diminuirá os casos de inadimplência. Há uma dependência do clima neste primeiro semestre, e as condições de preços para as commodities, com destaque para os grãos, não é das mais favoráveis, então é possível que a gente volte a ver novos casos de inadimplência”, analisa.

O analista lembra que diversos fundos estão em restruturação, com alguns deles ainda em recuperação judicial.

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