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Fiagro: XP indica papéis para fazer dinheiro em 2023, com dividend yield acima de 15% ao ano

05 nov 2022, 13:10 - atualizado em 05 nov 2022, 15:47
Fiagro
XP Investimentos indica dois fiagros que resistem ao governo Lula em 2023 e que podem entregar dividendos superiores à taxa Selic. (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A XP Investimentos iniciou recentemente a cobertura de Fiagros (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais), trazendo duas indicações de compra para fazer dinheiro em 2023, com dividend yields acima de 15% ano  sobre o preço atual da cota.

Para início de conversa, os fiagros são mais uma nova modalidade para que o investidor possa se expor ao agronegócio brasileiro da mesma forma que os fundos imobiliários abrem as portas para o investimento em imóveis.

O fiagro pode investir em uma ampla variedade de ativos, tais como: direitos creditórios, imóveis (fazendas e terras agrícolas), valores mobiliários, ações ou cotas de sociedades, sempre no contexto das atividades integrantes da cadeia produtiva agroindustrial.

Apesar do presidente eleito Lula já ter deixado claro o tom duro que seu governo terá com o alto escalão do agronegócio, o cenário é muito favorável para o investidor pessoa física, destaca a corretora.

Atualmente, grande parte da captação para o agronegócio no Brasil advém do setor bancário ou de investidores institucionais especializados. Portanto, o fiagro permite o acesso dos investidores em geral aos investimentos nesse setor.

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Maior fiagro na B3

A primeira recomendação de compra da XP é para o Kinea Crédito Agro (KNCA11), com preço-alvo de R$ 102 por cota até o final de 2023.

No momento, o patrimônio líquido do fundo é de R$ 827,1 milhões, fazendo deste o maior fiagro listado em bolsa segundo essa métrica. Em seu último relatório gerencial, o fundo afirma possuir 11.099 cotistas.

“Para 2023, o KNCA11 deve pagar proventos mensais médios entre R$ 1,30 e R$ 1,40 por cota, perfazendo um dividend yield aproximado de 15,5% sobre o preço atual da cota”, afirmam os analistas Eduardo Melo, Maria Fernanda Violatti e Ygor Altero, que assinam o relatório da XP.

O KNCA11 investe 96,4% do seu patrimônio em CRAs (Certificados de recebíveis do Agronegócio), — títulos de crédito privado de renda fixa em que empresas do agronegócio pegam dinheiro emprestado diretamente de investidores.

Composição do KNCA11

Todos os CRAs presentes na carteira do KNCA11 são indexados ao CDI, e sua taxa média de aquisição é de 5,82% ao ano, com prazo médio de 3,6 anos.

O setor de açúcar e etanol responde pela maior alocação do fundo. A perspectiva é de que os próximos anos sejam positivos em termos de rentabilidade, em especial para as companhias mais experientes e com níveis saudáveis de endividamento.

No segmento de insumos agrícolas, no qual 25% do portfólio está alocado, a XP projeta que os revendedores de insumos devem passar, no curto prazo, por um momento de normalização e retorno à média com a redução nos preços dos fertilizantes.

Vale comprar até com ágio

A segunda recomendação de compra da XP vai para um fiagro que negocia até com 3% de ágio no momento. O FG/Agro Fiagro (FGAA11) tem carteira focada em açúcar e etanol e tem preço-alvo estimado em R$ 9,70 por cota.

O fundo é gerido pela FG/A Gestora de Recursos, e seu patrimônio líquido atual é de R$ 329,7 milhões, o que faz do FGAA11 o quinto maior fiagro listado em bolsa, com 15.801 cotistas e duas emissões concluídas.

“Para 2023,o FGAA11 pode entregar proventos mensais médios entre R$0,11 e R$0,15 por cota, perfazendo um dividend yield em torno de 15% ao ano sobre o preço atual da cota”, afirma o trio de analistas da XP.

Hoje, o fundo possui 97,9% de seu patrimônio líquido alocado em CRAs e os demais 2,1% alocados em instrumentos de caixa.

Composição do FGAA11

Todos os CRAs presentes na carteira do FGAA11 são indexados ao CDI, e sua taxa média de aquisição é de 3,55% ao ano, com duration de 3,4 anos.

Em termos setoriais, o fundo concentra 68% de sua alocação atual em CRAs ligados ao setor sucroenergético.

Em particular, a gestora avalia que existem boas oportunidades de investimento em grupos com menor capacidade de moagem de cana-de-açúcar (inferior a 5 milhões de toneladas), mas com qualidades e diferenciais consolidados no mercado — que podem oferecer uma relação risco/retorno mais atraente que os grandes grupos do mercado.

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