FI-Infra

FI-Infra: É hora de investir em debêntures incentivadas em 2023? Veja recomendações

11 fev 2023, 13:00 - atualizado em 10 fev 2023, 14:56
Dividendos
FI-Infra paga dividendos mensais e não tem cobrança de IR sobre ganhos de capital, mais ainda é menos popular que fundos imobiliários. (Imagem: Flick/Banco do Brasil)

Os FI-Infra (Fundos Incentivados de Investimento em Infraestrutura) são menos populares que os fundos imobiliários, mas também pagam dividendos mês a mês.

A vantagem é que o FI-Infra também conta com isenção de imposto de renda sobre o ganho de capital, quem vende uma cota com lucro não paga nada à Receita Federal.

O benefício fiscal se deve ao fato desses fundos serem compostos por uma carteira de debêntures incentivadas, que também não sofrem incidência de imposto sobre os rendimentos (uma forma do governo incentivar projetos de infraestrutura).

E será que as perspectivas são interessantes para os FI-Infra em 2023?

Para quem busca uma opção de investimento diversificada, com liquidez quase que diária e ainda pagando juros acima do IPCA, os FI-Infra reservam uma dinâmica atrativa aos investidores que buscam renda passiva que supere a inflação.

Características FI-Infra Fundos Imobiliários
IR sobre Dividendos Isento Isento
IR sobre Ganhos de Capital 0% 20%
Ativos Debêntures de Infraestrutura Ativos Imobiliários
Ambiente de negociação B3 e Cetip B3
Diversificação Alta Alta
Estratégia Renda Mensal Renda Mensal
Liquidez D+2 D+2
Prazo Indeterminado Indeterminado

FI-Infra X Inflação

O Brasil tem uma meta de inflação que gira em torno dos 3%. No entanto, o país já está em seu terceiro ano com a inflação acima do centro da meta – sendo dois deles ultrapassando o teto.

Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a solução é simples: aumentar a meta. Dessa forma, a inflação estaria dentro do esperado e o Banco Central poderia voltar a reduzir a taxa Selic.

Toda essa discussão em torno da inflação interessa o investidor em FI-Infra já que o investimento é um dos mais adequados para buscar retornos que superem, até mesmo, os juros reais dos títulos públicos, caso do Tesouro IPCA+ (NTN-Bs) negociado no Tesouro Direto.

Para Guilherme Sousa, economista da Ativa Investimentos, não é de agora que membros do governo tentam acelerar o processo de fritura do presidente do BC Roberto Campos Neto, o que tem elevado o grau de volatilidade no mercado brasileiro.

“E para intensificar a situação, surgiu uma notícia de que Campos Neto seria a favor de alterar a meta desse ano de 3,25% para 3,50% para pacificar as relações com o governo e impedir que a meta seja elevada ainda mais”, comenta Sousa.

Recomendações de FI-Infra

O BTG Pactual recomenda dois FI-Infra listados na B3, com o objetivo de investir em debêntures de infraestrutura e ativos incentivados.

O FI-Infra (BDIF11) é a primeira indicação do banco. O fundo tem debêntures com um valor de mercado superior ao das cotas negociadas no mercado secundário de renda fixa, e já considerando os efeitos da marcação a mercado na cota patrimonial.

A outra recomendação de compra vai para o FI-Infra (KDIF11),com uma carteira diversificada e indexada primordialmente a IPCA + juros reais.

A estratégia principal é de carrego dos papéis e ser passivo em duration, a gestão visa a compra de participações majoritárias nos ativos, trazendo mais controle e diligência do portfólio.

Investimento Código Taxa de carrego Dividend yield em 2023
FI-Infra BDIF11 IPCA+ 7,8% 16,50%
FI-Infra KDIF11 IPCA+ 8,3% 14,60%

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