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FGV Agro projeta para 2022 elevação da produção agroindustrial entre 0,8% e 2,2%

22 dez 2022, 8:59 - atualizado em 22 dez 2022, 8:59
Agronegócio
Em novembro, a entidade havia estimado crescimento de 2,2% ante 2021 (Imagem: Pixabay/Franz26)

O Centro de Estudos do Agronegócio (FGV Agro) revisou suas projeções de crescimento da produção agroindustrial em 2022, mostrando maior cautela quanto aos resultados.

Em novembro, a entidade havia estimado crescimento de 2,2% ante 2021. Agora considera um intervalo entre 0,8% e 2,2%, como mostra a pesquisa mensal da instituição.

Segundo o estudo, a revisão das previsões é baseada nos resultados de outubro de 2022.

Em relatório, a FGV Agro pondera que a produção agroindustrial precisará crescer 8,1% no último bimestre do ano frente ao mesmo período de 2021 para chegar ao cenário base de 2,2% de avanço. “Apesar de não ser impossível, não é algo esperado, mesmo com a estreita base de comparação verificada no último bimestre de 2021”, afirma no documento.

No mês de outubro, a agroindústria brasileira registrou aumento de 3,9% na sua produção física ante outubro de 2021. Apesar do avanço, a FGV ressalta que a base de comparação de 2021 era bem estreita, já que houve contração de 11,8% do índice com efeitos da covid-19. “O país conta, atualmente, com um cenário interno de maior aquecimento do mercado de trabalho e redução dos custos de produção (queda nos preços de combustíveis e de energia elétrica e menores patamares das cotações de matérias primas)”, explica a entidade.

O avanço foi puxado, principalmente, pelo segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas, cuja alta foi de 8,2% em relação ao ano anterior. O segmento de Produtos Não-Alimentícios, por sua vez, registrou leve contração, de 0,5%.

Até outubro, a expansão na produção industrial registra alta acumulada de 1,1% no ano e, desde março, a produção nacional não apresenta taxas de variações abaixo de zero, na comparação interanual. O resultado, segundo a instituição, reflete o melhor desempenho da produção de Produtos Alimentícios e Bebidas. O setor registrou, até setembro, alta de 2,1% no volume de produção do segmento.