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FGV: agro e indústria de transformação elevam importação de insumos e máquinas

16 dez 2021, 10:06 - atualizado em 16 dez 2021, 10:06
Agronegócio Grãos Soja
Já a importação de máquinas e equipamentos para a agropecuária saltou 82,5% em novembro ante novembro do ano passado, com crescimento acumulado no ano de 33,7% (Imagem: Pixabay/glarcombe)

O aumento das importações de insumos e de máquinas e equipamentos em novembro sinalizam expectativas favoráveis para a indústria de transformação e para a agropecuária, apontou o Indicador de Comércio Exterior da Fundação Getulio Vargas (FGV).

O volume importado de máquinas e equipamentos – considerado como investimentos no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) do País – para a indústria de transformação cresceu 2,2% em novembro de 2021 ante novembro de 2020, acumulando um avanço de 7,8% nos 11 primeiros meses deste ano.

Já a importação de máquinas e equipamentos para a agropecuária saltou 82,5% em novembro ante novembro do ano passado, com crescimento acumulado no ano de 33,7%.

O volume importado de bens intermediários para a agropecuária aumentou 18,4% em novembro de 2021 ante novembro de 2020, com alta acumulada de 14,6% no ano.

Na indústria de transformação, o volume importado de bens intermediários aumentou 8,9% em novembro ante o mesmo mês do ano anterior, com avanço acumulado de 27,7% no ano.

“As importações de máquinas e equipamentos, assim como de bens intermediários, podem ser entendidas como um indicador de expectativas favoráveis para o crescimento de um setor.

Observa-se que, na comparação interanual mensal, as variações nos volumes importados da agropecuária superaram as da indústria de transformação, seja nas compras de máquinas/equipamentos ou na de bens intermediários”, ressaltou a FGV, na nota do Icomex.

Segundo o indicador, as importações de investimentos e de insumos mostram perspectivas mais favoráveis para a agropecuária do que para a indústria.

“A desvalorização cambial pesa mais para a indústria de transformação do que para a agropecuária, dado o diferencial da participação dos bens intermediários nos setores.

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Segundo o indicador, as importações de investimentos e de insumos mostram perspectivas mais favoráveis para a agropecuária do que para a indústria (Imagem: Pixabay/barskefranck)

Nesse contexto, e com os preços internacionais das commodities elevados, o setor da agropecuária é relativamente menos afetado do que a indústria de transformação”, justificou a FGV.

Considerando a balança comercial como um todo, o volume de exportações brasileiras no mês de novembro encolheu 15,6% em relação a novembro do ano anterior.

No acumulado de janeiro a novembro, as exportações diminuíram 2,2% ante o mesmo período de 2020. As importações cresceram 22,3% em volume no mês de novembro, acumulando uma alta de 23,8% no ano.

No mês de novembro, houve queda no volume exportado para a China (-15,5%), União Europeia (-7,5%) e Argentina (-5,2%), em relação ao mesmo período do ano anterior.

Por outro lado, o volume vendido pelo Brasil cresceu com destino aos Estados Unidos (10,9%), demais países da América do Sul (19,2%), México (5,6%) e demais países da Ásia (5,6%).

Quanto às importações, houve queda no volume importado dos Estados Unidos (-13,8%), demais países da América do Sul (-9,6%) e México (-23,3%).

O Brasil importou mais de China (6,3%), União Europeia (9,8%), Argentina (71,3%) e demais países da Ásia (10,1%).

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