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Ferrovia Centro-Atlântica pagará R$ 1,2 bilhão em indenizações à União

28 nov 2019, 18:02 - atualizado em 28 nov 2019, 18:02
Ferrovias
A indenização decorre do descumprimento de uma série de investimentos que estavam previstos para a ferrovia (Imagem: PAC/ Governo Federal)

A VLI, empresa administradora da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), pagará R$ 1,2 bilhão em indenização aos cofres do Tesouro Nacional, como forma de compensar pendências em contratos de concessão assinados com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

O convênio foi  firmado hoje (28) pela Advocacia Geral da União (representando o Ministério da Infraestrutura) e a empresa na sede do Ministério Público Federal, em Minas Gerais.

A indenização decorre do descumprimento de uma série de investimentos que estavam previstos para a ferrovia.

De acordo com o ministério, este foi o maior valor a ser recebido pela União, referente a pendências em contratos de concessões ferroviárias.

A FCA compreende 7.222 km de ferrovias em oito unidades federativas (MG, RJ, SP, GO, BA, ES, SE e DF). Pela ferrovia passam diversos tipos de cargas. Entre elas, grãos, açúcar, fertilizantes e combustíveis.

Infraestrutura
Os valores serão aplicados em estudos, obras, recuperação, desenvolvimento ou implantação de infraestrutura de ferrovias, inclusive mobilidade urbana (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

“Como os investimentos previstos desde a assinatura da resolução foram apenas parcialmente realizados, o Ministério Público Federal chegou a ajuizar três ações civis públicas referentes à falta de conservação dos trechos da malha da concessionária. A partir do acordo desta quinta-feira e do pagamento da indenização, os processos judiciais ficam encerrados”, informou por meio de nota o ministério.

Ainda segundo a pasta, o acordo prevê que a FCA pague R$ 1,2 bilhão em 60 parcelas, atualizadas pelo IPCA, a partir de 31 de janeiro de 2020.

“Nos três primeiros anos, as mensalidades a serem quitadas via Guia de Recolhimento da União (GRU), custarão R$ 26,7 milhões. Nos dois últimos anos, o valor das parcelas está estipulado em R$ 10 milhões mensais”, diz a nota.

Os valores serão aplicados em estudos, obras, recuperação, desenvolvimento ou implantação de infraestrutura de ferrovias, inclusive mobilidade urbana.

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