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Fernando Haddad fala sobre Americanas (AMER3): ‘Obviamente preocupa’

17 jan 2023, 19:06 - atualizado em 17 jan 2023, 19:06
Haddad
“A CVM está em cima disso, obviamente que a preocupação existe, sobretudo se envolver algum ato que não respeite a legislação brasileira”, disse Haddad (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmou que o caso Americanas (AMER3) preocupa e está sendo monitorado pelo governo.

“A CVM está em cima disso, obviamente que a preocupação existe, sobretudo se envolver algum ato que não respeite a legislação brasileira, que seria uma coisa grave a ser considerada. Mas essas regras são apuradas pela CVM e é ela a autoridade competente para dar as respostas que os credores e a sociedade brasileira precisam nesse momento”, colocou.

Na última quarta-feira, a empresa anunciou a descoberta de um rombo contábil de pelo menos R$ 20 bilhões.

As declarações foram dadas no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, onde o ministro fala sobre as medidas econômicas do país a investidores estrangeiros.

Até o momento, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), órgão ligado ao Governo Federal, abriu seis processos administrativos para investigar a divulgação pela Americanas de decisão judicial que a protege por 30 dias contra vencimento antecipado de dívidas, na última sexta-feira.

No dia seguinte, a autarquia já havia aberto dois processos para investigar a Americanas, um relativo à contabilidade da companhia e outro para tratar do anúncio do fato.

Outro processo corre em sigilo e a CVM não informa o teor da investigação nem os alvos.

Um quarto foi aberto na sexta-feira e também investigará a firma de auditoria independente PwC, a pedido da Abradin, associação que reúne minoritários de empresas de capital aberto.

Novas baixas da Americanas

A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou novamente a nota de crédito da Americanas, de “CC” para “C”, em meio aos desdobramentos da última semana.

A Fitch já havia rebaixado o rating da Americanas na última sexta-feira (13), após serem detectadas inconsistências contábeis de aproximadamente R$ 20 bilhões no balanço da varejista.

Segundo a agência, no caso de a Americanas anunciar formalmente um plano de reestruturação, o rating cairá para “RD”, refletindo default restrito, ou “D” caso a empresa entre com pedido de recuperação judicial.

Em relatório, a agência reforça que a estrutura de capital da Americanas não é sustentável com a adição de R$ 20 bilhões em passivos.

Além da Fitch, a S&P rebaixou o rating da empresa. Moody’s não ficou para trás, tendo rebaixado a varejista de Ba2 para CAA3.

A atualização da Moody’s engloba o rating Corporate Family e notas seniores sem garantias de ativos reais (unsecured notes) lastreados pela JSM Global e B2W Digital, ambas avalizadas pela Americanas.

A Moody’s colocou ainda todos os ratings em revisão para posterior rebaixamento.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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