Opinião

Fernanda Consorte: Festa de emergente dura pouco

06 dez 2018, 12:34 - atualizado em 06 dez 2018, 12:34

Por Fernanda Consorte, Estrategista de Câmbio da Ourinvest

CAUSA: Na minha última nota, há meros 3 dias, eu disse que os emergentes estavam em festa. Mas como a linguagem popular nos ensinou, “festa de pobre — emergentes, para sermos mais elegantes — dura pouco”. Nesse caso, durou 1 dia. Logo na terça-feira começou um ceticismo em relação à trégua comercial travada entre EUA e China na reunião do G20, no fim de semana.

E hoje, amanhecemos com a notícia de que uma diretora executiva da gigante empresa de telecomunicações chinesa Huawei foi detida no Canadá, no último sábado, a pedido dos Estados Unidos. A prisão da executiva, que é filha do fundador da Huawei, está relacionada à suposta violação de sanções americanas contra o Irã. Azedou.

CONSEQUÊNCIA: Assim, meus amigos, o conflito político entre os dois países (China e EUA) que parecia ter sido amenizado, foi fortalecido com essa notícia. Acredito que a China terá de fazer esforços comerciais hercúleos para deter perdas de confiança dos investidores e, portanto, aumento do dólar em relação a praticamente todos os emergentes; inclusive nós brasileiros, que não temos nada a ver com o “azedume”. Os emergentes, que começaram a semana em festa, foram do céu ao inferno em poucos dias.

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