Feriado? Só nos EUA… Por aqui, a coisa está pegando!
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Bom dia, pessoal!
No exterior, os mercados digerem o passo expansionista da China, que cortou os juros em paralelo à apresentação de bons indicadores econômicos (a economia se expandiu 8,1% em 2021). As ações tiveram uma segunda-feira (17) mista na Ásia.
O dia segue nesse compasso, apesar da falta de liquidez relativa proporcionada pelo feriado de Martin Luther King nos EUA, que fecha os mercados em Nova York.
Na Europa, sem expectativa se formando para alguma agenda americana, as Bolsas abrem a semana em alta.
O Brasil, caso consiga encarar seus problemas internos, tem espaço para acompanhar o movimento predominantemente positivo
. A partir de amanhã (18), lá fora, a temporada de resultados volta a chamar atenção, com Goldman Sachs, Procter & Gamble e Netflix.
A ver…
E essas paralisações vêm como?
A semana guarda em sua agenda a paralisação dos servidores — prevista para amanhã (18) — que exigem reajuste salarial em linha com o que foi concedido aos policiais no Orçamento para 2022, a ser sancionado até sexta-feira (21) pelo presidente Jair Bolsonaro.
Sobre isso, geraram ruído no Palácio do Planalto as declarações de Paulo Guedes contra o privilégio aos policiais federais, fato que teria irritado o presidente.
Eventuais movimentações políticas podem afetar as expectativas eleitorais para 2022 — uma nova pesquisa sobre sucessão presidencial será divulgada na quinta-feira (20).
Enquanto isso, dois outros assuntos movimentam a semana.
O primeiro deles é o início do pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400, agendado para amanhã.
O segundo se relaciona com os preços dos combustíveis.
Aparentemente, os governadores atingiram uma maioria pelo fim do congelamento do ICMS sobre combustíveis.
Portanto, o congelamento deve valer somente até 31 de janeiro, ficando os governos estaduais livres para reajustar o valor em fevereiro. Está marcada para hoje mais uma reunião do Fórum de Governadores para bater o martelo.
Sem liquidez, mas na expectativa
Os mercados de ações e títulos dos EUA estarão fechados nesta segunda-feira para o feriado de Martin Luther King. É um suspiro para as Bolsas americanas, que sofreram no ano até aqui.
O Dow Jones cai 1,2% em 2022, contra uma queda de 2,2% para o S&P 500 e 4,8% para o Nasdaq.
Na semana passada, alguns dados econômicos mais fracos, falas mais duras de certos membros do Fed e resultados corporativos não tão bons quanto as expectativas machucaram a Bolsa.
Os resultados do quarto trimestre de grandes bancos, que costumam inaugurar a temporada de resultados lá fora, vieram mistos, sugerindo que os investidores podem precisar ser mais seletivos ao investir em bancos em 2022.
À medida que o setor supera os efeitos da pandemia, os bancos podem não participar mais da recuperação econômica — há aqueles que culpam a variante ômicron. Nesta semana, mais bancos estão no radar: Goldman Sachs, Bank of America e Morgan Stanley.
No geral, os lucros das empresas do S&P 500 devem subir mais de 20% no quarto trimestre.
Espera-se que as atualizações de guidance variem bastante, dependendo da capacidade de cada empresa de combater as pressões inflacionárias.
A questão, porém, é que o ideal para sustentar os atuais múltiplos elevados seria o movimento de superar as projeções de crescimento dos lucros.
Máquina de crescimento
Nesta segunda-feira (17), a China entregou uma avalanche de dados econômicos.
No principal deles, foi divulgado que a economia chinesa cresceu 8,1% em 2021, apesar da desaceleração para 4% em relação ao ano anterior nos últimos três meses de 2021 (abaixo dos 4,9% do trimestre anterior e dos 18,3% dos primeiros três meses de 2021).
Com isso, Pequim enfrenta pressão para aumentar a atividade em meio às tentativas de desalavancar o seu setor imobiliário.
A resposta? Nesta mesma segunda-feira, o banco central chinês reduziu sua taxa de empréstimos de médio prazo a bancos comerciais para o nível mais baixo desde 2020 durante a pandemia.
A taxa de juro, que é usada para precificar a taxa básica de empréstimos de referência da China, foi reduzida para 2,85%, enquanto a taxa de recompra reversa foi reduzida para 2,1%.
O movimento expansionista é único entre as grandes economias, que começam a normalizar suas políticas monetárias.
Anote aí!
Na ausência do mercado americano, os investidores internacionais focam sua atenção na digestão de dados chineses e no calendário europeu.
Na Suíça, acontece o Fórum Econômico Mundial, que espera hoje a presença do presidente da China, Xi Jinping, do conselheiro médico chefe da Presidência dos EUA, Anthony Fauci, do secretário-geral da ONU, António Guterres, e do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
Ganham repercussão global os testes de mísseis da Coreia do Norte, a Reunião do Eurogrupo e a possível saída de Boris Johnson do cargo de primeiro-ministro britânico.
Por aqui, a agenda espera que o Banco Central divulgue o IBC-Br de novembro, tido como proxy do PIB (deve avançar 0,7% no mês).
Enquanto isso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresenta seus dados sobre indicadores industriais.
Fala de Roberto Campos Neto, Boletim Focus e IGP-10 (expectativa de alta de 1,55% em janeiro) ganham espaço, mas de maneira secundária.
Muda o que na minha vida?
O Fundo Monetário Internacional começou a alertar de maneira mais enfática para o risco de “contágio” sobre os mercados de ações em caso de correções mais bruscas no mercado de criptomoedas.
Isso porque as criptos estão começando a agir de maneira semelhante a outros ativos de risco, como ações, subindo com eles enquanto se movem na direção oposta do rendimento do Tesouro de 10 anos, o que acende um sinal de alerta sobre o risco de um “contágio” nos mercados financeiros.
Segundo a autoridade, o aumento da correlação de criptos com ações limita seus benefícios de diversificação. Isso significa que os ativos digitais não são vistos como uma proteção.
Na verdade, as criptos sempre foram vistas como boas diversificadoras de portfólio pela ausência de manutenção de suas propriedades estatísticas ao longo do tempo.
Uma eventual perda de tal característica pode implicar em menor atratividade em uma abordagem de alocação patrimonial.
De 2017 a 2019, a correlação do bitcoin com o S&P 500 foi de 0,01. Depois que o Federal Reserve inundou a economia com dinheiro em 2020, a correlação subiu para 0,36.
Consequentemente, hoje, a criptomoeda está afetando os mercados de ações, sendo que a volatilidade do bitcoin pode explicar um sexto da volatilidade do S&P 500.
Tal risco de contágio é uma das razões pelas quais o FMI quer uma estrutura regulatória global para cripto.
O tema deverá ganhar cada vez mais relevância nos fóruns internacionais, de modo a começarmos a planejar alguma estrutura regulatória, ainda que simples, ainda em 2022.
Um abraço,
Jojo Wachsmann