Opinião

Felipe Miranda: A minha proposta para você reformar a sua previdência

23 ago 2019, 11:57 - atualizado em 23 ago 2019, 12:03
Colunista discorre sobre diversificação de investimentos (Imagem: Empiricus)

“Que cê tá achando da Bolsa? Fala aí uma ação boa para comprar, vai? Aquela prestes a explodir… sei que você sabe. Para de frescura.”

Com mudanças de estilo, de uma ou outra palavrinha, de concordância verbal ou entonação de voz, variações do mesmo tema sem sair do tom, as aspas aí de cima chegam para mim mais frequentes do que os pedidos do João Pedro para ir para a Disney ou da minha mãe para fazer aula de eutonia. Eu entendo. Tento atender a todos — as passagens para a Disney, inclusive, já estão compradas.

Juro que entendo, embora — confesso aqui entre nós quatro —, internamente pense: “Esse cara (ou essa mina) trabalha com o quê? Hmm… arquiteto(a). Será que ele(a) faz uma reforma lá em casa na faixa?”.

No final, acho engraçado. Não costumo achar nada de Bolsa nesses momentos porque não chego às festas infantis procurando nada além de um hot dog, nem à academia tentando descobrir outra coisa que não os halteres.

O problema dessa história — fora a tentativa básica do caronista — é que eu não tenho dica esperta. Ou quem sabe a verdadeira dica esperta seja que não há dica esperta alguma. As coisas sempre precisam ser entendidas como um todo, pensadas no portfólio consolidado. Eu só indico as ações da Oi porque, ao mesmo tempo, sugiro proteções em peso razoável. Sozinhas, olhadas individualmente, talvez possam ser consideradas arriscadas demais. Mas dentro de uma carteira diversificada de ações, com o devido sizing da exposição e combinada a bons percentuais em ouro, dólar e puts, a coisa faz todo sentido.

Não tenho vocação para garganta profunda — ou será que tenho? —, mas registro meu apreço por Gregório de Matos:

“O todo sem a parte não é todo,
A parte sem o todo não é parte,
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga, que é parte, sendo todo.

Em todo o Sacramento está Deus todo,
E todo assiste inteiro em qualquer parte,
E feito em partes todo em toda a parte,
Em qualquer parte sempre fica o todo.

O braço de Jesus não seja parte,
Pois que feito Jesus em partes todo,
Assiste cada parte em sua parte.

Não se sabendo parte deste todo,
Um braço, que lhe acharam, sendo parte,
Nos disse as partes todas deste todo.”

Quando perguntado, costumo sempre responder que a melhor coisa que posso fazer pelo investidor é conduzi-lo à assinatura da Carteira Empiricus. Veja: não falo isso como uma proposta vendedora, tampouco expresso uma opinião consensual mesmo dentro da Empiricus . Essa é só a minha, do Felipe, visão das coisas. Há pessoas aqui dentro que gostam mais de investir via fundos, outros que preferem uma abordagem de renda (Double Income) em detrimento do foco estrito nos ganhos de capital, um terceiro grupo mais disposto a assumir os riscos das microcaps em busca de retornos potenciais maiores, um quarto voltado à construção patrimonial de loooongo prazo (PRP), e por aí vai. Questão de gosto, estilo e perfil do investidor.

”Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo.” Voltaire? Não, pior que não foi ele — sim, me decepcionei também ao saber.

Defendo a Carteira Empiricus porque ali estão reunidas, já indicadas as proporções certas em cada segmento de mercado e cada ativo, minhas melhores ideias de investimento. Correção importante e para ela empresto as palavras do magnífico Jack Welch em sua autobiografia: “Detesto ter de usar a primeira pessoa. Quase tudo o que fiz na vida foi realizado junto com outras pessoa. Por favor, lembrem-se de que, cada vez que virem a palavra ‘eu’ nestas páginas, isso se refere a todos aqueles colegas e amigos e a alguns que eu possa ter deixado escapar. Essas pessoas encheram minha jornada de grande alegria e aprendizado. Frequentemente, fazem com que eu pareça melhor do que sou”.

O histórico astronômico da Carteira Empiricus se deve muito mais, mas muito mais à equipe, com destaque especial ao João Piccioni e ao Fernando Ferrer, do que propriamente a mim. Mas, de um modo ou de outro, lá estão minhas ideias, aquelas que considero as melhores para compor um portfólio devidamente equilibrado e balanceado. Portanto, por construção e imposição da lógica, eu preciso considerar a assinatura da Carteira Empiricus a melhor coisa que tenho em mãos a oferecer. Alternativamente, citaria o fundo Carteira Universa como opção igualmente valiosa, pois ela busca perseguir a alocação proposta pela Carteira Empiricus — no momento, porém, o fundo está fechado e não é possível realizar novas aplicações. Sempre defendi isso e mantenho a coerência do discurso.

Agora, de novo na minha opinião, qual seria a segunda coisa mais legal que a Empiricus poderia oferecer a seus assinantes? Eu — diferentemente do parágrafo anterior, aqui vale a primeira pessoa do singular — entendo que seja conduzi-los ao FoF SuperPrevidência 2.

Explico. A brilhante equipe da série Os Melhores Fundos de Investimento, da qual tenho orgulho imenso de participar (talvez com contribuição individual negativa, paciência), montou uma alocação ideal em fundos de previdência. Quanto você deve ter em fundos de previdência de renda fixa, de ações, de proteções, etc. E propôs uma carteira teórica. A gestora Vitreo, nossa parceira em levar aos investidores pessoas físicas instrumentos anteriormente restritos aos profissionais ou aos multimilionários, criou um veículo para replicar esse portfólio original proposto pelo time aqui.

Então, agora você tem a chance de aplicar naquela que considero a melhor solução para sua previdência. Veja: há pessoas que ainda não entenderam a necessidade imperiosa de se ter um plano de previdência privada, mesmo diante da reforma previdenciária batendo na porta. Elas ignoram os profundos benefícios tributários desse tipo de investimento e acabam, com isso, colocando em risco sua aposentadoria e o bem-estar de toda sua família. Seja por meio das indicações da Empiricus, dos fundos da Vitreo ou de qualquer outro lugar, você precisa ter um plano de previdência para chamar de seu.

Agora, por que eu acho essa ideia tão legal?

Primeiro, porque é uma carteira balanceada e diversificada, constando ali somente os considerados melhores fundos de previdência para se investir. Acho uma coisa muito curiosa: por que as pessoas entendem a necessidade de diversificação, sintetizada no clichê “não coloque todos os ovos na mesma cesta”, e, ao fazer seu plano de previdência, investem apenas em um único fundo? Concentram-se na cabeça de um único gestor? E se o cara estiver errado em algum momento ao longo dos próximos dez anos? Não seria mais razoável investir numa carteira com vários fundos de previdência, tal como proposto aqui? Assim, diversificamos e balanceamos nossa exposição, reduzindo o risco de “dar ruim” para nossa aposentadoria. E falo nossa porque meu dinheiro está lá também. “Não me diga o que fazer com meu portfólio, me fale o que você está fazendo com o seu.”

Na minha opinião, não há nenhum outro FoF ou fundo de previdência igual ou melhor do que o SuperPrevidência 2. Isso porque alguns fundos ali selecionados não estão disponíveis em nenhum outro lugar, nem nas plataformas do private banking, nem para os grandes gestores de fortunas, nem em outra corretora de varejo. Nada. Zero. Tenho muito orgulho de ter, pessoalmente, participado da negociação de alguns capacities, mostrado o propósito da Empiricus, e ter chegado a essa grande conquista — não para mim, mas para nossos assinantes. Fica também registrado o agradecimento público e genuíno à grande solidariedade dos gestores, que, sejamos sinceros, não precisavam fazer isso.

Se você já tem investimentos em outro fundo de previdência, fica o convite para a comparação das carteiras. Veja a qualidade do que foi feito aqui, depois de muito, muito e muito trabalho. Pesquise sobre os fundos selecionados e a alocação proposta — você mesmo pode verificar: temos um All Weather Portfolio. Em fundos de previdência, a portabilidade pode ser feita de forma muito fácil, sem qualquer perda de benefícios tributários. Cobrar o governo virou fato estilizado, papo de bar. Agora, e você: o que vai fazer para reformar a sua própria previdência?