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Federalização da Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltou a esquentar? Empresas se pronunciam

27 jun 2024, 19:23 - atualizado em 27 jun 2024, 19:47
Copasa e Cemig
Cemig e Copasa disseram que não possuem informações sobre o processo de federalização (Montagem: Money Times/Divulgação Copasa e Cemig)

Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltaram a se pronunciar sobre uma possível federalização das estatais, que hoje são controladas pelo governo de Minas Gerais. Ambas as empresas fariam parte de um acordo do governo para abater parte da dívida do estado com a União.

Segundo a Cemig, a companhia inquiriu o acionista majoritário (governo de Minas) que respondeu que, até o presente momento, não há definição de projeto de lei referente às possíveis condições de renegociação dessa dívida.

Já a Copasa disse que a respeito das negociações sobre a dívida pública contratual do Estado de Minas Gerais com a União, até o presente momento, não há definição de projeto de lei referente às possíveis condições de renegociação dessa dívida.

“No momento, o Estado de Minas Gerais não dispõe de informações adicionais, além daquelas já estabelecidas no Regime de Recuperação Fiscal”, informou.

O estado deve cerca de R$ 170 bilhões à União.

Zema vai à Brasília; acordo esquentou?

Um encontro entre Rodrigo Pacheco e Romeu Zema, governador de Minas Gerais, estava marcado para ocorrer na última quarta-feira, mas foi cancelado. Pacheco, que é senador por Minas, é apontando como o responsável por propor a federalização das estatais em troca do pagamento da dívida do estado.

Em nota encaminhada à imprensa, o governo Zema atribui a ausência a “compromissos previamente agendados pelos governadores envolvidos na discussão”.

“Foi deliberado que, na próxima semana, em data a ser acordada, o governador Romeu Zema e os demais chefes de poderes executivos estaduais implicados irão à capital federal para discutirem o tema”.

O acordo parecia ter esfriado. Segundo a Folha de S. Paulo, o plano de renegociação de dívidas dos estados apresentado pelo Ministério da Fazenda arrefeceu os planos da classe política de Minas. A proposta atrela a diminuição dos juros cobrados a investimentos em ensino médio técnico.

Porém, a novela ganhou mais um capítulo após o governo Lula e Pacheco chegaram a um entendimento para permitir que a União receba ativos dos Estados, como, por exemplo, a participação acionária em estatais, recebíveis e créditos judiciais, para abater as dívida, segundo informações do jornal O Tempo.

Relembre o caso da Cemig e Copasa

A notícia de que a Copasa e Cemig poderiam virar moeda de troca com o Governo Federal surgiu em novembro de 2023.

O governador Zema apoia a proposta. De acordo com o Valor Econômico da época, o governador disse que a operação “tem todas as condições”. “Estamos bastante otimistas”, afirmou após se reunir com Pacheco.

A notícia caiu muito mal entre o mercado, já que se esperava que o político fosse contrário, uma vez que a privatização era uma de suas principais promessas.

Para analistas, a federalização da Cemig parece um movimento estranho, pois, se confirmada, representaria um grande afastamento da atual estratégia seguida pelo governo estatual, que implicava tentativa de privatizar a Cemig e a Copasa.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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