Internacional

Federal Reserve vai desiludir o mercado? Diretor da BlackRock aponta estar ‘muito longe’ de um equilíbrio

20 mar 2024, 12:07 - atualizado em 20 mar 2024, 12:07
Federal Reserve, Juros nos EUA, Estados Unidos
Federal Reserve decidirá o futuro das taxas de juros dos EUA, ao mesmo tempo, em que acontece a decisão da taxa Selic por aqui (Imagem: REUTERS/ Jonathan Ernst)

Nesta Super Quarta (20), além do Copom trazendo a decisão da taxa de juros Selic aqui no Brasil, o Federal Reserve (Fed) ditará a sua decisão política e as previsões para o ano.

De acordo com o CME FedWatch Tool, que analisa as probabilidades para os cortes nas taxas de juros, a reunião mais próxima que concentra a maioria das apostas é a de julho, com 76,3% de otimistas.

Em entrevista ao Market Watch, Rick Rieder, Diretor Geral Sênior da BlackRock, ponderou a reavaliação dos investidores, de quando exatamente o Fed começará a reduzir as taxas de juros, uma vez que a “última etapa” para reduzir a inflação está sendo difícil de prever.

Federal Reserve: O que esperar do Fomc?

Devido aos sinais de inflação mais rígidos no setor de serviços da economia dos EUA, alguns representantes do Fed podem estar cautelosos quanto ao corte das taxas. “Ainda acho que Powell vai sugerir de que junho é um período provável para começarem [os cortes]”, disse Rieder.

O diretor ainda pondera que Powell provavelmente expressará “uma vontade e um desejo” de reduzir a taxa de referência do banco central este ano, já que “ele está muito longe do equilíbrio”, ou de uma taxa normalizada — após apertar a política monetária para combater a inflação.

Outro foco é o resumo das projeções econômicas, na qual mostrará sobre a taxa dos fundos federais de longo prazo, estimada em 2,5% nas previsões anteriores. “Há uma chance razoável de que os níveis subam”, o que “sinalizaria taxas de juros mais altas por um período mais longo”, apontou.

Rieder pontuou temer que, em caso de serem decididas taxas mais elevadas do banco central, haja pressão nos mutuários de rendimentos mais baixos, bancos locais e no imobiliário comercial.

Além disso, as taxas de juros estão se tornando um obstáculo para os consumidores, visto que eles estão lutando com custos de empréstimos mais elevados, em reflexo ao resultado de uma política monetária mais restritiva.

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