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Federal Reserve: Corte na taxa de juros pode ser ‘pouco provável’ nos próximos meses, estimam especialistas

26 fev 2024, 18:14 - atualizado em 26 fev 2024, 18:14
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Especialistas do Goldman Sachs recuam e apontam junho como o mês em que o Federal Reserve pode cortar a taxa de juros dos EUA (Imagem: REUTERS/Joshua Roberts)

Os economistas do Goldman Sachs reduziram suas estimativas sobre o período em que o Federal Reserve começará a cortar sua taxa de juros. A previsão era de iniciar em maio. No entanto, após analisarem comentários recentes do banco central e da ata da reunião do Fomc de janeiro, os especialistas recuaram.

Segundo comunicado da corretora enviado ao Money Times, a previsão foi mudada para junho, com possibilidade de outras três reduções este ano, sendo estas em julho, setembro e dezembro.

“Os comentários dos responsáveis ​​do Fed e as atas da reunião de janeiro do Fomc sugerem que é pouco provável que o primeiro corte nas taxas ocorra tão cedo”, como previsto anteriormente pelo banco.

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Federal Reserve: Goldman adia previsão de corte de juros

O governador, Christopher Waller, disse que “vai precisar de mais alguns meses de dados de inflação, pelo menos, antes de poder avaliar se janeiro foi uma lombada ou um buraco”. Além disso, “atrasar os cortes nas taxas em alguns meses” não deverá prejudicar a economia.

Faltando pouco mais de dois meses para a próxima reunião do Fomc, os comentários sugerem ao Goldman que “um corte nas taxas já em maio, o que esperávamos anteriormente, é improvável”.

O presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, argumentou que o “maior risco econômico” para a consecução dos objetivos do Fomc “provém de agir para reduzir a taxa demasiado cedo”, enquanto e o governador Jamaal Bowman, enfatizou que o momento para cortes nas taxas “certamente não era agora”.

Considerando que “a maioria” dos participantes do Fomc viam riscos para a consecução dos objetivos do Fed como inclinados para uma flexibilização prematura, e apenas “alguns” participantes enfatizaram o risco de uma maior restritividade, especialistas apontam parecer provável que o Fomc espere até que a inflação anual esteja ainda mais próxima de 2% para haver corte.

“Continuamos a considerar os dados de inflação de janeiro como valores atípicos, e esperamos que a inflação subjacente do PCE caia para 2,5% em termos anuais na reunião de maio e 2,2% na reunião de junho”, aponta o Goldman, em comunicado.

Além disso, os economistas preveem mais quatro cortes no próximo ano, comparado com os três anteriores, com uma taxa terminal de 3,25% – 3,5%.