Fed vai cortar juros em setembro? Payroll é quem vai dizer; o que esperar do Ibovespa (IBOV)
A semana termina com dados de emprego nos Estados Unidos. Depois de uma bateria de indicadores, os investidores aguardam os números do payroll, que saem agora de manhã.
O BTG Pactual estima que sejam criadas 201 mil vagas no setor de emprego não-agrícola, ante o consenso de 175 mil e dado anterior em 206 mil postos.
O relatório Jolts de junho apontou para a criação de 8,18 milhões de empregos — abaixo da projeção de 8 milhões e nos 8,23 milhões registrados em maio. Já o relatório ADP apontou para 122 mil vagas no mês passado, abaixo dos 155 mil em junho e do consenso de 150 mil.
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Os dados do mercado de trabalho são acompanhados de perto pelo Federal Reserve, que tem duplo mandato: manter a inflação dentro da meta e de manter o nível máximo de emprego no país.
O resultado de hoje pode reforçar as apostas de um corte de juros na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), em setembro.
Segundo a ferramenta de monitoramento CME FedWatch, 70,5% aposta em um corte de 0,25 ponto percentual na próxima reunião, seguido de outros dois cortes em novembro (68,3%) e dezembro (62,6%).
As bolsas internacionais e futuros de Wall Street operam no negativo, com os dados da economia americana e balanço das big techs pesando.
Ontem, a Amazon registrou um lucro líquido de US$ 13,48 bilhões no segundo trimestre — quase o dobro quando comparado com o mesmo período do ano passado. Masa companhia projetou um lucro abaixo das estimativas dos analistas para os próximos três meses, indicando que está gastando mais para acompanhar a demanda por serviços de inteligência artificial. As ações da empresa caem 8% no pré-market.
Já a Intel registrou prejuízo líquido de US$ $ 1,6 bilhão, revertendo lucro de US$ 1,5 bilhões registrado no mesmo período de 2023. A empresa ainda anuncia o plano de demitir em torno de 15 mil funcionários; ação desaba 21% no pré-market.
O que esperar do Ibovespa
Por aqui, a agenda de indicadores termina a semana com produção industrial e dados de inflação, medidos pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) e Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre).
O mercado ainda repercute a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve a taxa Selic no patamar de 10,50% ao ano. Os diretores do Banco Central ressaltaram no comunicado a desinflação mais lenta, a desancoragem das expectativas de inflação e cenário global desafiador.
Para hoje, a agenda de balanços do segundo trimestre está pausada e retorna na segunda-feira (05), com o resultado do Bradesco (BBDC4) como destaque.
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) tentou iniciar agosto em tom positivo, mas o aumento da aversão ao risco no exterior impediu a continuidade dos ganhos da véspera. O principal índice da bolsa brasileira fechou em queda de 0,20%, aos 127.395,47 pontos.
Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,73503 (+1,41%), no maior nível desde dezembro de 2021.
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta sexta-feira (02)
Bolsas asiáticas
- Tóquio/Nikkei: -5,73%
- Hong Kong/Hang Seng: -2,08%
- China/Xangai: -0,92%
Bolsas europeias (mercado aberto)
- Londres/FTSE100: -0,57%
- Frankfurt/DAX: -1,44%
- Paris/CAC 40: -0,83%
Wall Street (mercado futuro)
- Nasdaq: -1,81%
- S&P 500: -1,15%
- Dow Jones: -0,79%
Commodities
- Petróleo/Brent: +0,26%, a US$ 79,73 o barril
- Petróleo/WTI: +0,30%, a US$ 76,48 o barril
- Minério de ferro: +2,16%, a US$ 108,10 por tonelada, na Bolsa de Dalian
Criptomoedas
- Bitcoin (BTC): +0,08%, a US$ 64.514
- Ethereum (ETH): -0,81%, a US$ 3.154
Boa sexta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!