Fed mais leve deve deixar as commodities agro mais por conta própria; no limite, menos baixistas
As condições para formação de preços das commodities agrícolas baseadas em seus fundamentos exclusivos ainda deverão se estender por mais um tempo, principalmente para soja e milho.
Mas se há um fator a ser observado é que a influência dos mercados financeiros poderá diminuir daqui para frente. Ou, pelo menos, a baixista.
Ainda é cedo para cravar que as externalidades cessaram totalmente. O cenário Rússia-Ucrânia permanece em foco, por exemplo, porém o Federal Reserve (Fed) tratou de aliviar o ambiente.
A ata da última reunião, conhecida na quarta, deu a entender que haverá um afrouxamento dos juros em dezembro, sem repetir a dose de 0,75 pontos percentuais.
A autoridade monetária vê os efeitos sobre a inflação de demanda nos Estados Unidos dando resultado – aumento dos pedidos de auxílio-desemprego, por exemplo -, podendo descongestionar a maior economia mundial.
Ao mesmo tempo, diminui a pressão sobre a desaceleração na Europa e da China, no momento no qual o gigante asiático ainda mantém o cerco à disseminação da nova onda da covid.
E alivia qualquer intenção de os países produtores de petróleo, encastelados na Opep+, acenarem com cortes maiores no bombeamento. O barril está caindo mais um pouco neste dia (mais de 1%, a US$ 84,50), ainda sentindo os reflexos do aumento dos estoques nos EUA.
Em regra, vai deixar os mercados mais comprados, a aversão do risco mais controlada, com o dólar cotado contra uma cesta de moedas em viés de baixa, enquanto os índices acionários tendem a se manter mais colados aos resultados corporativos.
Ontem já se viu esse ritmo, que se repete nesta quinta (24) de feriado nos EUA.
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