Internacional

Fed deve fazer mais dois cortes de juros em 2019 antes de pausa

13 set 2019, 14:55 - atualizado em 13 set 2019, 14:55
Federal Reserve
Na pesquisa realizada entre 9 e 11 de setembro com 35 economistas, os entrevistados reduziram as projeções para a trajetória das taxas dos EUA em comparação com uma pesquisa semelhante realizada em julho (Imagem: Andrew Harrer/Bloomberg)

O banco central dos Estados Unidos deve reduzir as taxas de juros em 25 pontos-base na próxima semana e realizar outro corte do mesmo tamanho em dezembro, para então manter o intervalo da taxa de referência entre 1,5% e 1,75% por um período prolongado, segundo economistas consultados pela Bloomberg.

“O Fed não quer apoiar a guerra comercial em curso, mas não tem escolha a não ser tentar amortecer a economia do impacto deletério da crescente incerteza em relação ao comércio e às tarifas”, escreveu Kathleen Bostjancic, economista da Oxford Economics em Nova York, em comentários que acompanham suas respostas.

Na pesquisa realizada entre 9 e 11 de setembro com 35 economistas, os entrevistados reduziram as projeções para a trajetória das taxas dos EUA em comparação com uma pesquisa semelhante realizada em julho.

No entanto, os economistas rejeitam firmemente a ideia de que o Federal Reserve tenha iniciado uma série de cortes que serão mais prolongados do que o “ajuste de meio de ciclo” que o presidente Jerome Powell previu em julho, quando o Comitê Federal de Mercado Aberto cortou a taxa pela primeira vez em mais de uma década.

Os investidores também esperam que o FOMC corte novamente os juros quando as autoridades se reunirem em Washington, nos dias 17 e 18 de setembro. Powell e outros membros do Fed continuam destacando os riscos crescentes para a economia trazidos pelas disputas comerciais dos EUA e pela desaceleração do crescimento global, bem como a inflação doméstica persistentemente abaixo da meta. Ao mesmo tempo, Powell disse que não espera que os EUA ou a economia mundial entrem em recessão.

Os resultados da pesquisa estão alinhados com essas opiniões. Questionados sobre o balanço de riscos para o crescimento e a inflação, 88% dos entrevistados disseram que estavam inclinados para o lado negativo. Há um ano, essa parcela era de apenas 16%.

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