Economia

Fed de NY alerta para nível de reservas depois de turbulência

23 set 2019, 17:59 - atualizado em 23 set 2019, 17:59
É importante examinarmos as dinâmicas recentes do mercado, afirmou o presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams (Imagem: REUTERS/Mohamed Abd El Ghany)

A turbulência nos mercados monetários na semana passada levanta questões sobre o nível apropriado de reservas bancárias no sistema financeiro, disse o presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams.

“É importante examinarmos essas dinâmicas recentes do mercado e suas implicações para as necessidades de liquidez em relação à quantidade total de reservas mantidas no Federal Reserve”, afirmou Williams na segunda-feira em discurso em Nova York.

Os comentários do responsável pelo Fed de Nova York seguem uma semana de volatilidade nos mercados monetários sem precedentes desde a crise financeira. Os juros de curto prazo subiram em meio à tensão, elevando a taxa de referência do banco central dos EUA acima da meta e forçando o Fed de Nova York a intervir com empréstimos à vista pela primeira vez em uma década para segurar o aumento.

“Continuaremos a monitorar e analisar de perto os desenvolvimentos”, disse Williams, acrescentando que as autoridades “avaliarão as implicações para o nível apropriado de reservas e tempo para retomar o crescimento orgânico do balanço do Federal Reserve”.

Essa observação ecoou um comentário do Presidente do Fed, Jerome Powell, feito aos repórteres em conferência de imprensa na quarta-feira após o banco central ter cortado as taxas pela segunda vez em dois meses.

Nos anos seguintes à crise, o Fed expandiu seu balanço patrimonial para US$ 4,5 trilhões por meio de compras de títulos destinadas a reduzir as taxas de juros de longo prazo. De outubro de 2017 a julho de 2019, desfez parcialmente sua carteira de títulos, drenando dinheiro do sistema bancário no processo.

A turbulência da semana passada – que se centrou no mercado de operações compromissadas – colocou a atenção no fato de o Fed ter ido longe demais em encolher sua carteira de títulos e quando o banco central começaria a retomar a expansão do balanço para acompanhar o ritmo do mercado, diante das necessidades de uma economia em crescimento.

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