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Fed começa responder à Casa Branca que população bancou margens dos frigoríficos

11 dez 2021, 9:52 - atualizado em 11 dez 2021, 10:20
Carnes Bovina
Americanos consumiram mais, subjugando a inflação com os recursos injetados na economia (Imagem: Pixabay)

O Federal Reserve (Fed) está respondendo à Casa Branca, que criticou as margens de lucros dos frigoríficos durante a pandemia.

A autoridade monetária já está dando os primeiros passos para retirada dos estímulos à economia, que somam US$ 4,3 trilhões desde março de 2020, porque deixa claro que a inflação é muito mais de demanda do que de oferta reprimida e exagero no repasse dos custos.

No caso da carne bovina, por exemplo, até 11 de novembro, de acordo com dados do próprio governo, as vendas acumuladas superaram 1 milhão de toneladas, contra 872 mil do ano anterior, e bem acima da média de 5 anos, de 796 mil.

Dito isto, se de fato as contas dos assessores de Joe Biden estiveram certas e verdadeiras –  mais 120% de faturamento bruto e 500% de lucro líquido, na soma das unidades processadoras de todas as proteínas -, é porque a população bancou.

Os brasileiros JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) foram lembrados no manifesto do governo, ao lado dos outros grandes concorrentes locais.

Todos eles, como Money Times já publicou, embasando aqueles números de vendas, conseguiram, sim, atingir boas vendas com rebanho sem crescimento, importações em expansão (a carne bovina brasileira duplicou), e ainda com exportações não desestimuladas pelo governo.

O acordo parcial que Donald Trump fez com os chineses, que impulsionou os embarques para lá, continua firme e forte para todas as proteínas americanas.

Demanda interna e externa.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.