Bancos

Fed ainda não conseguiu controlar a inflação, diz Mester

11 out 2022, 14:47 - atualizado em 11 out 2022, 14:48
Loretta Mester
Mester disse que a inflação deve cair para 3,5% no próximo ano e voltar para a meta de 2% do Fed em 2025 (Imagem: REUTERS/Lucas Jackson)

A presidente do Federal Reserve de Cleveland, Loretta Mester, disse nesta terça-feira que, mesmo com uma grande quantidade de aumentos de juros neste ano, o banco central dos Estados Unidos ainda não conseguiu controlar a inflação e precisará avançar com o aperto da política monetária.

“A inflação inaceitavelmente alta e persistente continua a ser o principal desafio enfrentado pela economia dos EUA”, afirmou Mester no texto de um discurso preparado para um evento em Nova York. “Apesar de alguma moderação no lado da demanda da economia e sinais iniciais de melhora nas condições do lado da oferta, não houve progresso na inflação”, disse Mester.

Mester afirmou em seus comentários que espera ver mais aumentos de juro do que a visão coletiva das autoridades.

“A política monetária está se movendo para um território restritivo e precisará estar lá por algum tempo para colocar a inflação em uma trajetória descendente sustentada para nossa meta de 2%”, disse. “Não prevejo nenhum corte na faixa da meta da taxa básica de juros no próximo ano.”

Mester não comentou sobre a magnitude do incremento dos juros que gostaria de ver na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) e explicou que “o tamanho dos aumentos dos juros em qualquer reunião específica do Fomc e o pico da taxa básica dependerão das perspectivas de inflação, que dependem da avaliação de quão rapidamente a demanda e a oferta agregadas estão voltando a um melhor equilíbrio e as pressões de preços estão sendo reduzidas.”

Mester disse que a inflação deve cair para 3,5% no próximo ano e voltar para a meta de 2% do Fed em 2025. O medidor preferencial de pressão de preços do banco central, o índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), subiu 6,2% em agosto sobre um ano antes.

Conecte-se com o mercado e tenha acesso a conteúdos exclusivos sobre as notícias que enriquecem seu dia! Todo dia um resumo com o que foi importante no Minuto Money Times, entrevistas, lives e muito mais… Clique aqui e siga agora nosso perfil!