Fed adota tom suave em relação ao aperto dos juros e bolsas de NY passam a subir
O Federal Reserve sinalizou pela primeira vez que irá observar atentamente se o ritmo atual de aumento dos juros nos Estados Unidos pode eventualmente prejudicar a economia a “ficar para trás”. A afirmação consta no comunicado que acompanhou a decisão unânime de elevar a taxa em 0,75 ponto percentual (pp) pela quarta vez seguida.
Em uma nova linguagem, o Fed disse que deve continuar com novos aumentos na taxa de juros “até que seja suficientemente restritiva para retornar a inflação a 2% ao longo do tempo”.
Em reação ao tom mais suave (“dovish”), as bolsas de Nova York apagaram o sinal negativo exibido desde a abertura do pregão e passaram a subir. Às 15h15, o Dow Jones subia 0,92%; o S&P 500 tinha alta de 0,62% e o Nasdaq 100 avançava 0,39%.
“O Fed continuou com alta de 0,75pp, mas mostrou-se aberto para aumento menor, de 0,50pp, no próximo mês. E os mercados interpretaram a mudança de tom como dovish”, afirma, em comentário, o economista-chefe para os EUA da Capital Economics, Paul Ashworth.
Powell pode confirmar tom suave
Ainda no comunicado, o Fed também disse que “levará em consideração o aperto cumulativo da política monetária, bem como a defasagem com que a política monetária afeta a atividade econômica, além da inflação e dos desenvolvimentos econômicos e financeiros”.
Logo mais, às 15h30, o presidente do Fed, Jerome Powell, concede entrevista coletiva para comentar a decisão. Veja aqui quais são as únicas quatro palavras que Powell pode proferir na entrevista coletiva e que devem abalar os mercados globais.
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