Dólar fecha em queda, a R$ 5,50, pela primeira vez após 10 sessões consecutivas de avanço
Depois de 10 sessões de alta, o dólar à vista (USDBRL) recuou na comparação com o real. A moeda norte-americana terminou esta quinta-feira (27) cotada a R$ 5,5075, com baixa de 0,22%.
E, à exemplo dos últimos dias, a divisa perdeu força na última hora do pregão após novas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o cenário fiscal – o que, por outro lado, impulsionou o Ibovespa.
Em entrevista à rádio Itatiaia, o chefe do Executivo afirmou que “sempre há espaço para cortar despesas no Orçamento”.
Ele ainda disse que tem sido feito um estudo profundo sobre gastos nos ministérios de seu governo para avaliar a possibilidade de cortes.
Além disso, a valorização do real ante o dólar teve ajuda do exterior. A moeda norte-americana perdeu força contra outras divisas fortes após dados dos Estados Unidos, que reforçaram levemente a expectativa de afrouxamento monetário pelo Federal Reserve (Fed) até o fim do ano.
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Dólar cai depois do recorde do ano
Durante o pregão, o dólar voltou a renovar a máxima do ano. Por volta de 12h (horário de Brasília), a divisa norte-americana atingiu a cotação de R$ 5,5390, com alta de 0,36%, no mercado à vista.
O movimento de alta foi uma reação do mercado a declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em coletiva de imprensa sobre o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) – divulgado mais cedo.
Campos Neto disse que fazer intervenção no câmbio teria pouca funcionalidade no cenário atual.
“Como a gente trata o câmbio como flutuante, entendemos que atuação tem que ser causada por alguma disfuncionalidade pontual, não fazemos intervenção mirando nenhum tipo de nível”, afirmou.
Segundo ele, o real apresentou desvalorização em linha com variáveis que simbolizam o prêmio de risco do Brasil.