Dólar

Dólar tem forte alta e fecha a R$ 5,45 com incerteza sobre os juros nos EUA e ata do Copom

25 jun 2024, 17:26 - atualizado em 25 jun 2024, 17:26
R$ 1 trilhão fora do Brasil
Juros elevados por mais tempo nos Estados Unidos reduzem o fluxo de dólares para países emergentes. (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

Depois de dois dias de quedas ante o real, o dólar (USDBRL) voltou a ganhar força em dia de atenções voltadas para a ata do Comitê de Política Monetária (Copom). A moeda norte-americana fechou esta terça-feira (25) em alta de 1,19%, a R$ 5,4544. 

O dólar acompanhou o avanço da moeda ante divisas globais, como euro e libra. O indicador DXY, que compara a divisa norte-americana com uma cesta de seis moedas fortes, avançou desde o início do pregão.

Apesar do tom de cautela renovado com a ata do Copom, a moeda teve um “empurrão” de novas incertezas sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos. 

Mais cedo, a diretora do Federal Reserve (Fed) Michelle Bowman disse que manter a taxa de juros elevada “por algum tempo” provavelmente será suficiente para deixar a inflação sob controle. 

Ela ainda afirmou que, “olhando para o futuro, vou observar atentamente os dados que estão chegando, enquanto avalio se a política monetária nos EUA é suficientemente restritiva para reduzir a inflação para nossa meta de 2% ao longo do tempo”. 

No início de junho, o Fed manteve os juros no intervalo de 5,25% a 5,50%, no maior patamar em 23 anos. O BC norte-americano prevê apenas um corte nos juros, de 0,25 ponto percentual, até o fim do ano. 

Em linhas gerais, os juros elevados por mais tempo nos Estados Unidos reduzem o fluxo de dólares para países emergentes, como o Brasil —  o que reflete em menor oferta da moeda norte-americana e pressiona a cotação do dólar ante o real.  

*Com informações de Reuters