Dólar

Dólar à vista interrompe sequência de quedas e sobe a R$ 5,44 — na contramão do exterior

11 jul 2024, 17:07 - atualizado em 11 jul 2024, 17:07
Dólar, Mercados, Economia, Federal Reserve, CPI, EUA
(Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O dólar à vista (USDBRL) interrompeu a pequena sequência de quedas e ganhou força em relação ao real, em ajuste técnico.

A moeda norte-americana encerrou as negociações desta quinta-feira (11) a R$ 5,4426, com alta de 0,55%. 



O movimento foi na contramão o desempenho do dólar no mercado internacional. O DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, chegou a cair quase 1% durante a sessão.

Por aqui, o desempenho do real foi pressionado pela forte valorização do iene após suposta intervenção cambial no Japão.

Dólar cai no exterior com inflação nos EUA

Depois de dois dias concentrados nas declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, o destaque do dia foi o dado de inflação (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) registrou queda de 0,1% em junho na comparação com maio nos Estados Unidos, segundo o Departamento do Trabalho do país. As expectativas eram de alta de 0,1%. Na comparação anual, a inflação desacelerou de 3,3% em maio para 3,0% para junho, também frustrando as projeções do mercado de desaceleração a 3,1%.

Após o dado de inflação, os traders elevaram as apostas para cortes de juros nos Estados Unidos em setembro. A chance é de 92,7%, segundo a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group. Antes do CPI, essa probabilidade era de 69,5%.

Também, o mercado passou a precificar até três cortes nas taxas do Fed Funds até dezembro.

Vale lembrar que na véspera, Powell disse que as taxas de juros elevadas por muito tempo podem prejudicar o crescimento econômico e que a autoridade monetária não deve esperar a inflação convergir à meta para iniciar o afrouxamento monetário.

Em linhas gerais, quanto mais o BC norte-americano cortar os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos interessante quando os rendimentos dos títulos do Tesouro do país, os Treasuries, diminuem.

*Com informações de Reuters

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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