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Fechamento da VNC é uma boa saída para a Vale, diz BTG

09 set 2020, 11:37 - atualizado em 09 set 2020, 11:37
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A Vale continua sendo a top pick do BTG Pactual, que reiterou a compra das ADRs (American Depositary Receipt) da empresa, com preço-alvo para os próximos 12 meses de US$ 14 (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

A notícia de que a Vale (VALE) não conseguiu entrar em um acordo de venda da subsidiária Vale Nouvelle Caledonie (VNC) com a New Century Resources (NCZ) repercutiu entre analistas de diferentes bancos e corretoras.

A XP Investimentos, a Guide Investimentos e a Ágora Investimentos comentaram sobre o assunto e parecem ter chegado à mesma conclusão. Embora o fim do período de exclusividade com a NCZ seja negativo para a companhia, a decisão de iniciar a etapa de care and maintenance (cuidado e manutenção) da VNC foi bem recebida.

O BTG Pactual (BPAC11) também avaliou o acordo frustrado e classificou a notícia como “inesperada” e “marginalmente negativa”. Isso porque a Nova Caledônia tem operado com o Ebitda no vermelho por muitos anos, e agora a Vale precisará lidar com essas perdas por tempo indeterminado.

“Vemos o desinvestimento como uma solução rápida e barata”, afirmaram os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner.

Por outro lado, a perspectiva de um possível fechamento da operação animou o BTG.

“Embora não seja o melhor cenário para os acionistas, recebemos bem a decisão da companhia de escolher sair do ativo por meio de seu fechamento”, acrescentaram Correa e Greiner.

A Vale continua sendo a top pick do banco, que reiterou a compra das ADRs (American Depositary Receipts) da empresa, com preço-alvo para os próximos 12 meses de US$ 14. O BTG reconheceu que a ação está barata, mas o risco será reduzido em um processo gradual baseado em retornos em dinheiro, retomada de volumes e melhora da percepção ESG no longo prazo.