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Fechamento: Bolsa aguarda relatório da reforma na CCJ acima dos 97 mil; dólar cai

08 abr 2019, 18:45 - atualizado em 08 abr 2019, 20:44
Sem grandes novidades e com volume financeiro de R$9,02 bilhões, abaixo da média dos últimos dias, o índice Ibovespa subiu 0,27% a 97.369 pontos

Por TradersClub

O mercado terminou o pregão em compasso de espera, aqui e lá fora. Investidores aguardam a apresentação, prevista para terça-feira, do relatório do deputado Marcelo Freitas, do PSL, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara sobre a proposta do governo para a reforma da Previdência.

A expectativa é de um parecer técnico sobre a admissibilidade do projeto, sem tratar de temas mais polêmicos, como o BPC – benefício para idosos mais pobres – e a aposentadoria rural. Isso deve ficar para a votação da matéria em 17 de abril, com qualquer sinal de desidratação no texto sendo potencialmente mal recebido pelo mercado.

Última chamada para entrar no voo das ações da Petrobras; Credit Suisse eleva recomendação

Levantamento da XP Investimentos mostra que os gestores trabalham com uma estimativa de economia fiscal de R$700 bilhões em dez anos com a reforma, ante o plano do ministro da Economia, Paulo Guedes, de pouco mais de R$1 trilhão. A respeito da articulação política para endossar a reforma, a perspectiva é que ao longo da semana o presidente Jair Bolsonaro receba líderes de seis partidos.

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Sem grandes novidades e com volume financeiro de R$9,02 bilhões, abaixo da média dos últimos dias, o índice Bovespa subiu 0,27% a 97.369 pontos.

As valorizações das ações de Petrobras e Vale colaboraram para a permanência do Ibovespa em campo positivo. Os papéis preferenciais da estatal petrolífera avançaram 1,63%, com o reflexo positivo pela venda da rede de gasodutos TAG e a decisão do Credit Suisse de elevar a recomendação aos papéis da empresa negociados em Nova Iorque para compra.

Influenciou também a alta no preço do petróleo, acima dos US$71 o barril, renovando a máxima em cinco meses, diante tensão entre Estados Unidos e Irã. Já as ações ordinárias da Vale subiram 2,71%, na esteira da disparada das cotações do minério de ferro na China. Simultaneamente ao salto nas commodities metálicas e no petróleo, o dólar caiu frente às divisas globais e de nações produtoras de commodities, como o Brasil.

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Por aqui, o dólar futuro fechou em queda de 0,61%, cotado a R$3,855 na B3. Já os juros futuros terminaram o dia com fracas oscilações, ligeiro aumento nos prêmios de risco nos contratos com vencimento mais longo. Em semana de divulgação da inflação oficial ao consumidor no País, o IPCA, na quarta-feira, o mercado estará de olho amanhã na publicação dos números de vendas do varejo em fevereiro.

Lá fora, uma dose de cautela abriu espaço para realização de lucros nas bolsas americanas após concluírem três valorizações semanais seguidas. O índice Dow Jones caiu 0,32%, enquanto o S&P500 virou para alta de 0,10% no fim do pregão.

Investidores aguardam um desfecho concreto das negociações comerciais entre Estados Unidos e China, o que deve ocorrer com uma possível reunião em breve entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping. Além disso, o mercado começa a fazer contas sobre a temporada de resultados das empresas americanas no primeiro trimestre.

Há temores de que a desaceleração econômica nos EUA comece a impactar os lucros – gerando mais volatilidade nos mercados. Neste contexto, a agenda econômica internacional reserva poucas referências relevantes, com destaque para o relatório de oferta de emprego JOLTs após o dado do fim da semana passada que mostrou criação de 196 mil vagas em março, acima das projeções.

 

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