Fávaro diz que construção de armazéns foi deixada de lado, ressalta papel do Plano Safra e cita intervenção em preços; entenda
O ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa), Carlos Fávaro, participou no início desta semana da abertura oficial da 55ª edição da Exposição Industrial, Comercial e Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Expoagro). Ele falou sobre o papel do Plano Safra 2023/2024 na ampliação de armazéns no Brasil.
Fávaro lembrou que o Programa de Construção de Armazéns (PCA) foi deixado de lado nos últimos anos, o que fez com que o déficit de armazenagem se tornasse um grande problema a ser corrigido no programa agrícola.
“Aumentamos em 80% os recursos para armazéns, até 6 mil toneladas, que são armazéns médios, diretamente para o produtor com taxa de juros de 7% ao ano e 10 anos para amortizar. Para os demais armazéns, de qualquer tamanho, os juros são de 10,5% ao ano”, disse.
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Dessa forma, Fávaro ressaltou a determinação do presidente Lula nos investimentos em infraestrutura.
Recursos do BNDES para armazéns e preços mínimos
O chefe do Mapa ressaltou que a linha dolarizada do BNDES oferece recursos sem limite de volume e tamanho de armazenagem para que o produtor não venda uma safra a preços baixos para colocar outra dentro do armazém.
Fávaro mencionou ainda outras ações de amparo ao produtor que podem ser postas em prática caso seja necessário, como prêmios de apoio à comercialização e escoamento da safra, até que novos armazéns sejam construídos.
“Um armazém não fica pronto de uma hora para outra e por isso estamos usando políticas públicas de apoio à comercialização. Lançamos uma compra, através do sistema de Aquisições do Governo Federal (AGF), previsto na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), de 500 mil toneladas de milho ao preço mínimo de mercado. Enquanto isso for necessário, o governo vai intervir comprando para garantir o preço mínimo aos produtores”, disse o ministro.