Fávaro à oposição: BNDES não suspendeu financiamentos e o ‘agronegocião’ não perdeu a Conab
O ministro da Agricultura (Mapa) Carlos Fávaro teve que se explicar que não foi suspenso recursos do BNDES para o agro e que o compartilhamento da gestão da Conab com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familair (MDA) está assegurado em portaria.
Sobre o caso do banco de fomento, havia o ruído de que o novo governo teria barrado os empréstimos como uma espécie de “vendeta” contra o agronegócio de peso empresarial, por ter apoiado o ex-presidente Jair Bolsonaro com todas as forças e com vários empresários sob investigação de financiamento do atos antidemocráticos de Brasília.
Em audiência no BNDES, Fávaro diz que o dinheiro acabou mesmo. Na verdade, o programa de financiamento para grandes negócios já havia sido suspenso no segundo semestre de 2022 e foi retomado por Lula.
“Em 30 dias, retomamos e a demanda foi de R$ 2,9 bilhões”, disse o ministro, assegurando que está negociando novos aportes, para novas liberações pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).
Quanto ao ruído político envolvendo a Conab, com críticas de entidades e parlamentares da FPA, que já vêm desde o começo de janeiro, segundo o qual a companhia deixaria de atender a agricultura empresarial, o senador licenciado do PSD-MT tratou que não haverá “abandono” dos programas para essa classe, mas que a “transversalidade” de interesses com a agricultura familiar e o aspecto social do combate à fome precisam de uma nova sintonia.
A promoção do ex-deputado e ex-candidato ao governo gaúcho pelo PT, Edegar Pretto, à presidência da companhia, formado nas bases do MST, seria a senha para essa mudança de estrutura funcional.
Se especula que à diretoria da Conab destinada a indicações do Mapa ficaria a inteligência no levantamento de dados de produção – por sinal, acaba de sair revisão dos estoques de milho brasileiros -, armazenagem e estoques, sendo que ao pessoal do MDA caberia a retomada dos leilões públicos, compras a preços de mercado de pequenos agricultores e abastecimento social, entre outros.