Fávaro afirma que o preço dos alimentos deve cair nas próximas semanas; Governo prepara o Plano Safra 2025/26

Os preços dos alimentos devem cair nas próximas semanas, de acordo com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. A recente queda global nos preços das commodities deve influenciar no mercado interno.
“Recebi um dado do varejo e do atacado para a carne bovina. No varejo, ela já caiu e, no atacado, caiu muito mais. É o tempo de consumir o estoque pelo preço antigo, vai cair mais ainda no varejo, como já está se mostrando no atacado”, disse o Ministro.
Segundo a Agência Brasil, Fávaro acredita que o governo está colhendo resultados de medidas tomadas sem intervenção direta no mercado, preferindo agir pelo estímulo à safra e à ampliação da oferta.
Para Fávaro, a mesma redução de preços da carne bovina deve ser sentida em outros alimentos básicos, como o óleo de soja, arroz e feijão. Os ovos, que estão entre os produtos que mais encareceram, devem voltar a cair após a demanda mais alta na Páscoa.
“A gente está muito confiante de que, com as medidas tomadas de forma ortodoxa, sem nenhum tipo de pirotecnia, de estímulo à safra brasileira, os preços dos alimentos vão ceder na ponta para o supermercado, para o consumidor, mais do que hoje”, afirmou.
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Fávaro e Haddad discutem Plano Safra 2025/26
Nesta quarta-feira (9), Fávaro se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o objetivo de discutir o Plano Safra 2025/26, que entra em vigor a partir de 1º de julho. Com foco na produção dos alimentos da cesta básica, o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) terá atenção especial.
“A ideia é que a gente possa ficar muito próximo dos atuais 8% de juros ao ano para que o Plano continue sendo bastante atrativo para os médios produtores e a gente possa, então, fazer esse direcionamento para plantar mais arroz, feijão, batata”, disse o ministro da Agricultura e Pecuária.
Para os demais perfis de produtores, especialmente aqueles que exportam, foram discutidas alternativas como linhas de crédito dolarizadas, possibilitando taxas de juros menores e sem custo para o Tesouro Nacional.
Os ministros ainda conversaram sobre a modernização do Seguro Rural e iniciativas para a restauração de pastagens no Brasil. Segundo Fávaro, por meio da recuperação do solo, cerca de 1,5 milhão a 2 milhões de hectares podem ser incorporados ao sistema produtivo por ano.