Economia

Faturamento de atacadistas e distribuidores cresce 5,2% em 2020

11 maio 2021, 15:29 - atualizado em 11 maio 2021, 15:29
Atacado Varejo Feira
Aumento real dá ao setor participação de 51% no mercado, diz pesquisa (Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O setor atacadista e distribuidor brasileiro registrou crescimento nominal de 5,2% em 2020, com faturamento de R$ 287,8 bilhões, a preço de varejo.

Já o crescimento real ficou em 0,7% e garantiu ao setor a participação de 51,2% no mercado nacional, abrangendo mais de 50% do mercado pelo 16º ano consecutivo. Os dados são do Ranking Abad/Nielsen 2021 – ano-base 2020, divulgado nesta terça-feira (11) pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad).

Segundo os dados apurados junto a 600 empresas participantes da pesquisa, o faturamento no ano passado 2020 chegou a R$ 165 bilhões, com 49,2% a preço de varejo.

Quanto às modalidades, 73% (476) dos consultados responderam que trabalham com o modelo distribuidor com entrega; 52% (337), com atacado generalista com entrega; 31% (203), com atacado de balcão; 11% (74), com atacado de generalista de autosserviço e 8% (50), com o modelo agente de serviços.

Quanto à área de atuação, os atacadistas geralmente concentram a atividade em sua região de origem. Mais da metade das empresas (53%) atua em apenas um estado, mas responde por 19,8% (R$ 32,7 bilhões) das vendas totais; 4%, em 10 ou mais estados, respondendo por 44,4% (R$ 73,2 bilhões) das vendas totais. Apenas 1% dos atacadistas tem atuação em todos os estados, mas responde por 39,6% (R$ 63,8 bilhões) das vendas totais.

De acordo com coordenador de Projetos da Fundação Instituto de Administração (FIA) e responsável pela análise, Nelson Barrizzelli, o recuo de 1,8 ponto percentual na participação do setor (de 53% para 51,2%) reflete parte da perda resultante do fechamento de bares, restaurantes e lojas de cosméticos ao longo de 2020.

Segundo Barrizzelli, no abastecimento de supermercados, farmácias, padarias, mercearias e açougues, que permaneceram abertos, o setor compensou a perda de faturamento com os pontos de vendas que ficaram fechados.

Consumo Supermercado Atacado
No abastecimento de supermercados, farmácias, padarias, mercearias e açougues, que permaneceram abertos, o setor compensou a perda de faturamento com os pontos de vendas que ficaram fechados (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)

Para o presidente da Abad, Leonardo Miguel Severini, mesmo com a continuidade da pandemia de covid-19, deve haver incremento nas vendas neste ano.

“Temos confiança em continuar crescendo, mesmo porque lidamos com alimentos de primeira necessidade. E vamos em busca desse desempenho, melhorando ainda mais a qualidade da entrega, a disponibilidade de produtos e o zeramento da ruptura”, disse.

Os dados do ranking indicam ainda que a modalidade de atacadistas que mais cresceu em 2020 foi a do autosserviço (24,9%), influenciada pela abertura de lojas e pelo fato de estar aberto no momento da pandemia, enquanto outros tipos de comércio permaneceram fechados.

O faturamento desse ramo chegou a R$ 64,7 bilhões, além de ser o que mais oferece postos de trabalho.

A modalidade distribuidor cresceu  20,2%, com faturamento de R$ 47,8 bilhões, enquanto o atacado generalista com entrega evoluiu 18,2%, atingindo R$ 46,2 bilhões.

O atacado de balcão cresceu 22,8%, chegando a R$ 5,2 bilhões, e os agentes de serviços alcançaram R$ 1 bilhão, com crescimento de 18,5%.

Tendências e perspectivas

De acordo com a Abad, 72,4% dos pesquisados disseram acreditar que,  em 2021, haverá expansão da base de clientes; 80,3% responderam que pode haver aumento no faturamento e 73,2% que esperam elevação no volume.

Ainda indicando perspectiva de crescimento, mas com otimismo mais moderado, 59,7% dos participantes da pesquisa veem aumento da rentabilidade e 52,9% esperam atuar com maior número de fornecedores.

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Repórter
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
bruno.andrade@moneytimes.com.br
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