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Veto de Lula sobre a reforma tributária e alta da Selic podem continuar impactando mercado de FIIs, diz analista

05 fev 2025, 17:08 - atualizado em 05 fev 2025, 17:08

O veto do presidente Lula em relação à Lei Complementar 68/2024, que trata da nova reforma tributária, no que diz respeito à isenção de impostos para fundos de investimento, pode continuar atrapalhando o mercado de fundos imobiliários (FIIs), de acordo com Caio Araújo, analista da Empiricus Research. A taxação pode ser derrubada pelo congresso, mas, se mantida, o recolhimento dos novos impostos pode prejudicar investimentos.

“A alíquota final paga pelos fundos em termos de receita seria algo em torno de 8,5% em torno de sua receita de locação. Neste caso, os fundos de tijolos estariam expostos a essa nova norma, enquanto os fundos de crédito não. O que ocorreu é que o projeto de lei visava tornar a contribuição opcional, mas o governo vetou”, disse Araújo, em entrevista ao Giro do Mercado desta quarta-feira (5)..

Segundo Araújo, no ano passado, fundos imobiliários (FIIs) e fiagros (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais) foram incluídos no texto da reforma como contribuintes, ficando expostos à incidência dos novos impostos.

De acordo com o analista, o veto de Lula a isenção é um dos três fatores que podem explicar o fraco desempenho do índice Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) em janeiro. Além disso, a justificativa fica por conta de um rali positivo nos últimos dias de 2024, que elevaram o Ifix em quase 10% e gerou correções; e cenário de alta da Selic.

Enquanto o Ibovespa (IBOV) subiu 4,86% no período, o Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) recuou 3,07%. Segundo o especialista, a ampla diferença entre os índices não é comum.

“Em janelas anuais, o Ifix nunca caiu mais que o Ibov em cenário de queda. Ano passado, por exemplo, o Ifix caiu cerca de 6% e o Ibov 10%. A relação inversa, com um subindo e outro descendo até já ocorreu na pandemia, mas uma discrepância dessa magnitude é difícil de ver”, afirmou.

Apesar da dificuldade do mercado, o analista destaca que o investidor deve estar atento a oportunidades e recomenda compra do Mauá Recebíveis (MCCI11), novo integrante na carteira da Empiricus Research

Além dele, BTG Pactual Real Estate Hedge Fund (BTHF11), Bresco Logística (BRCO11), Kinea Rendimentos (KNCR11) e RBR High Grade (RBRR11) compõem a lista. Para assistir o programa na íntegra e acompanhar todos os detalhes, acesse o canal do Money Times no youtube.

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gustavo.silva@moneytimes.com.br
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