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Fatia na Infracommerce leva Iguatemi (IGTA3) a prejuízo no 1º tri

04 maio 2022, 13:50 - atualizado em 04 maio 2022, 13:50
JK Iguatemi
A Iguatemi havia registrado lucro líquido de 39,8 milhões de reais no mesmo período de 2021 (Imagem: Google Maps/Reprodução)

A gestora de shoppings de alto padrão Iguatemi (IGTA3) teve prejuízo líquido de 16,4 milhões de reais no primeiro trimestre de 2022, em um resultado pressionado por desvalorização da participação da companhia na Infracommerce.

A Iguatemi havia registrado lucro líquido de 39,8 milhões de reais no mesmo período de 2021.

Excluindo o efeito da queda no valor das ações da empresa de infraestrutura de software para comércio eletrônico, a Iguatemi teria lucro líquido de 40,9 milhões de janeiro a março.

A companhia teve um resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 147,8 milhões de reais entre janeiro ao fim de março, ganho de 53,7% contra um ano antes.

A margem cresceu 8,2 pontos percentuais, para 64,7%, mas ainda ficou atrás do patamar de 72,6% visto no mesmo período de 2019, antes da pandemia.

Analistas, em média, projetavam Ebitda de 160,5 milhões de reais, segundo dados da Refinitiv.

As units da Iguatemi exibiam queda de 3,5% às 11h, enquanto o Ibovespa (IBOV) recuava 1,14%. Os papéis de Infracommerce, que não fazem parte do principal índice da bolsa brasileira, recuavam 5,45%.

A receita líquida subiu 34,3% ano a ano, para 228,4 milhões de reais, com crescimento de 77,2% nas vendas totais e de 70,7% em mesmas lojas.

O efeito desses números no balanço, entretanto, foi abatido por perda de 126,6 milhões de reais no resultado financeiro.

Uma participação na plataforma de comércio eletrônico Infracommerce gerou sozinha prejuízo de 86,9 milhões de reais, já que as ações da empresa desabaram 18,3% no primeiro trimestre.

A fatia na Infracommerce pode continuar pressionando os resultados da Iguatemi, visto que uma reação negativa do mercado a um novo plano de incentivo a executivos da plataforma de comércio eletrônico, aliado à baixa forte da bolsa brasileira como um todo a partir de abril, levou a ação a acumular até então queda de 59,5% no segundo trimestre.

No ano passado, a Iguatemi disse que tinha uma fatia indireta de 65% na Engadin Investments, que, por sua vez, detinha 16% da Infracommerce.

A participação faz parte do programa de investimentos em empresas vistas como de alto potencial de crescimento pela gestora de shoppings centers.

A Engadin, que é subsidiária do Navigator One Fund, tem atualmente 10% da Infracommerce.

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