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Fatia do Softbank na WeWork já seria maior que a de cofundador

06 set 2019, 14:05 - atualizado em 06 set 2019, 14:05
Adam Neumann, cofundador e presidente da WeWork, também deve ficar com uma fatia de cerca de 29%, segundo executivo da empresa (Imagem: Bloomberg)

O SoftBank e suas afiliadas já possuem uma participação de cerca de 29% da WeWork antes da oferta pública inicial, segundo relato de um executivo da empresa de coworking durante reunião com analistas esta semana. A participação significativa, que não foi divulgada publicamente, indica que a sorte do conglomerado japonês está em grande parte atrelada ao desempenho da WeWork.

A WeWork realizou uma reunião privada na quarta-feira para informar analistas sobre os negócios em Nova York, onde está a sede da empresa. De acordo com uma pessoa com conhecimento direto do assunto, um executivo da WeWork também disse na reunião que Adam Neumann, cofundador e presidente, também deve ficar com uma fatia de cerca de 29%. A participação atual do executivo é cerca de 22%, e aumentará para 29% depois de um período pré-determinado, disse o executivo da WeWork.

A oferta pública inicial da WeWork foi vista com receio por investidores, preocupados com os gastos e a governança corporativa da empresa. Embora o prospecto do IPO inclua algumas informações sobre o tamanho das participações de vários acionistas, o documento não especifica porcentagens. Os documentos diziam, no entanto, que Neumann não venderia ações por pelo menos um ano após o IPO.

Representantes do SoftBank e WeWork não quiseram comentar.

O IPO não será exatamente o que a WeWork esperava. A startup espera conseguir um valuation de US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões, disseram pessoas com conhecimento do assunto. Mas a faixa superior pode ficar perto de US$ 20 bilhões, disse uma das pessoas, o que seria menos da metade do valuation conseguido com o Softbank alguns meses atrás.

Na reunião de quarta-feira, a WeWork disse a analistas que planejava iniciar seu roadshow do IPO na próxima semana, confirmando uma reportagem da Bloomberg News. “Dedos cruzados”, disse um executivo.